Para competir com startups e empresas disruptoras, grandes corporações precisam pensar a inovação de novas formas
Quando o empresário Steve Blank publicou seu primeiro livro, Do sonho à realização em 4 passos (Ed. Évora), em 2005, ele não fazia ideia de que a obra se tornaria um documento fundamental para o que ficou conhecido como movimento Lean Startup (em tradução livre, startup enxuta). Porém, 15 anos depois, as ideias de Blank sobre clientes e como criar produtos minimamente viáveis (MVPs, na sigla em inglês) foram adotadas por empreendedores em todos os lugares – e, cada vez mais, por líderes de grandes corporações e agências governamentais.
Blank, que fundou uma série de startups no Vale do Silício e atualmente ensina e dá palestras em universidades como Stanford e Columbia, trabalhou com a National Science Foundation para desenvolver um programa intitulado Innovation Corps (I-Corps), cujo objetivo é ajudar cientistas de universidades a comercializar suas pesquisas. Usando uma abordagem que ele desenvolveu chamada Lean LaunchPad, o I-Corps combina aprendizado experimental com a base mais conhecida das lean startups: a ferramenta business model canvas, o modelo de desenvolvimento do cliente e o desenvolvimento ágil de software. Hoje, o programa é oferecido em mais de 100 locais em todos os Estados Unidos e é responsável por acelerar a formação de centenas de empresas.