O potencial de sinergia de corporações se juntando a novos empreendimentos é promissor, mas muitos desses planos não conseguem gerar valor
O corporate venture capital (CVC) – investimentos de risco feitos em startups por corporações – vem crescendo consistentemente no mercado. Em 2018, o número de negócios ativos feitos com CVC atingiu 773 empreendimentos, um crescimento de 35% sobre o ano anterior. Essas startups participaram de 32% mais contratos e investiram 47% a mais de recursos em comparação com o mesmo período. Gigantes da tecnologia, como Google, Intel e Salesforce, foram os investidores mais ativos, mas também foram feitos investimentos de risco em todo o globo, em muitos outros setores. Johnson & Johnson, Mitsubishi, Robert Bosch, Unilever, Novartis e Airbus são apenas uma amostra das corporações que fizeram esse tipo de movimento recentemente.
Como pesquisadores e investidores corporativos, estudamos centenas de operações e acordos desse tipo pelo mundo para identificar as melhores e piores práticas. Na teoria, o CVC oferece um ganha-ganha, tanto para as empresas investidoras como para as investidas. Além do capital, as startups recebem acesso a recursos valiosos, know-how da indústria, aconselhamento e, talvez o mais importante, contatos e oportunidades de venda. Para as corporações que investem, os benefícios incluem a possibilidade de um retorno financeiro acima da média, como qualquer investimento em venture capital, e benefícios estratégicos, como o acesso a novas tecnologias ou criatividade a que talvez não tivessem acesso por outras vias.