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Estônia estende ID digital a empreendedores brasileiros

A medida facilitará o processo de expansão de empresas brasileiras para a Europa e impulsionará, principalmente, nosso ecossistema de startups

Raphael Fassoni
29 de julho de 2024
Estônia estende ID digital a empreendedores brasileiros
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A Estônia, país mais digital do mundo, berço de empresas como Skype, Transferwise e Pipedrive, está iniciando o projeto de implantação de seu primeiro escritório no Brasil para retirada do cartão de cidadania eletrônica do programa e-Residency. Isso tornará possível que brasileiros abram empresas e consigam gerir seus negócios remotamente na União Europeia, já a partir do primeiro trimestre de 2021.

Com o chamado “pick-up point”, o processo de se tornar um cidadão digital estoniano, que antes era dispendioso, envolvendo uma viagem internacional para coleta de biometria e retirada do cartão, ficará muito mais fácil, rápido e barato. Bastará ir ao escritório que ficará localizado em São Paulo para retirar o cartão. O e-Residency não oferece aos estrangeiros cidadania realmente ou autorização de residência – nem foto o documento possui –; é um cartão de identificação digital de residência eletrônica, que permite abrir empresas e assinar documentos digitalmente na Estônia.

A notícia agradará especialmente a nova geração de empresários e founders de startups. O Brasil hoje é considerado o quarto maior mercado digital do mundo e nosso ecossistema de tecnologia e startups não para de crescer. Apesar de geograficamente distante, a Estônia está interessada em se aproximar e cooperar com o Brasil. Segundo o embaixador do Brasil em Talin, Roberto Colin, “as relações entre Brasil e Estônia nunca foram tão intensas.”

10.000 EMPRESAS DE ESTRANGEIROS

Atualmente, já são mais de 70.000 e-residents e 10.000 empresas criadas por estrangeiros. Desses, são aproximadamente 700 e-residents e 100 empresas com fundadores do Brasil. Só o Estonia Hub, que eu dirijo, por exemplo, já conectou mais de 600 brasileiros com a Estônia por meio de delegações virtuais – desde o início da pandemia.

Além do potencial de mercado oferecido pelo Brasil para o e-Residency, avanços recentes como a assinatura do Marco Legal das Startups, que irá tramitar no Congresso, e o anúncio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o projeto-piloto de votação pela internet justificam o alto grau de otimismo do governo estoniano.

Entre as startups de brasileiros que já estão aproveitando o programa e-Residency está a OriginalMy, escolhida para representar a Estônia no Annual Investment Meeting, concurso promovido pelo Ministério da Economia dos Emirados Árabes, e que saiu vencedora mundial na categoria Cibersegurança: privacidade, proteção de dados e compliance. Outras, já nasceram com sede no país, como é o caso da Tutor.Id, fundada pela brasileira Karen Ordones, que também já representou a Estônia em eventos internacionais.

EM 2019, EUA E JAPÃO; EM 2020, BRASIL, ÁFRICA DO SUL E TAILÂNDIA

A chefe do Departamento de Política de Cidadania e Migração do Ministério do Interior, Ruth Annus, explica que “”o objetivo do acordo é aumentar o acesso à residência eletrônica em diferentes partes do mundo. Em 2019, o programa foi estendido aos Estados Unidos e Japão. O alcance se expandiu ainda mais este ano, e os e-residents em breve poderão coletar seus IDs digitais em Johanesburgo, Singapura, São Paulo ou Bangcoc””.

Para Ruth, a residência eletrônica tem um impacto positivo na economia da Estônia, trazendo benefícios fiscais significativos para o tesouro do estado e criando empregos. “As empresas estonianas criadas por e-residents dependem do empreendedorismo local, o que é especialmente importante considerando a atual situação econômica”.

“Durante e após as crises relacionadas à Covid-19, o e-Residency tem servido como farol para o resto do mundo, provando que uma economia pode ser reiniciada e reforçado apesar das restrições a viagens internacionais””, completa ela.

A diretora administrativa do e-Residency, Dagmar Vlassov, acrescenta que o acesso aos IDs digitais da residência eletrônica em todo o mundo tem sido o principal gargalo do programa desde o seu lançamento, diante da demanda.

Informações sobre o passo a passo para solicitação da cidadania eletrônica da Estônia podem ser encontrados aqui. Para acompanhar todas as novidades sobre o e-Residency e a Estônia, inscreva-se em nossa newsletter clicando aqui.

Raphael Fassoni
Mora em Tallinn (Estônia), é empreendedor e cofundador do Estonia Hub, empresa focada em acelerar a transformação digital e gerar novos negócios e parcerias entre Brasil e Estônia nos setores público e privado. Formado em relações internacionais pela Unesp e Universidade de Dresden (Alemanha), tem especializações em consultoria estratégica em Harvard e liderança em Stanford. No Brasil, foi um dos mais jovens profissionais a se tornar diretor comercial da TOTVS, maior empresa de software da América Latina.

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