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O que as empresas deixam de lado em seus movimentos de expansão?

As empresas não economizam investimentos na hora de desenvolver novos negócios ou de incubar iniciativas, mas dedicam relativamente poucos recursos e esforços para estruturarem os seus ganhos de escala

Andy Binns e Christine Griffin
30 de julho de 2024
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Em 2018, a Best Buy anunciou sua entrada no mercado de saúde. Não era o que se esperaria de um varejista de eletrônicos, mas fazia sentido com a proposta de seu CEO, Hubert Joly, de dotar a empresa de um profundo senso de propósito. O pontapé inicial foi de ajudar as pessoas mais velhas a estarem mais seguras em suas casas, ampliando a forma de se apresentar como uma empresa que “oferece maneiras de todos poderem se cuidar mais em casa”. Era também uma oportunidade lucrativa: a projeção do mercado de cuidados de saúde em casa para 2025 é de US$ 265 bilhões. Nos anos que se seguiram ao anúncio, a Best Buy Health testou suas premissas, buscando o lugar ao sol que permitiria que o novo negócio se comparasse à sua atuação como rede varejista. Em 2022, as vendas atingiram a cifra de US$ 525 milhões, com projeção de crescimento anual entre 35 e 45% até 2027. A iniciativa havia criado um novo vetor de crescimento para a empresa original, e viu-se uma medida de resiliência no turbulento setor do comércio varejista.

A Best Buy obteve sucesso onde outras empresas falharam. Cumpriu com as três exigências necessárias à geração de um novo negócio: concepção, incubação e geração de escala. Trouxe uma ideia nova, de oferecer produtos para as pessoas usarem em casa, que contribuíssem com a segurança à medida que envelhecessem, testou a receptividade do mercado em operações menores e só então transformou o que era uma ideia em uma operação de larga escala e lucrativa. Isso é relativamente incomum de acontecer. Nossa pesquisa mostra que, embora cerca de 80% das empresas digam que criam e incubam novas oportunidades em seus negócios, apenas 16% conseguem chegar a implantá-las completamente.

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Andy Binns e Christine Griffin
Andy Binns é diretor da Change Logic, consultoria em inovação estratégica baseada em Boston, EUA, e autor de *Corporate explorer: how corporations beat startups at the innovation game* (Wiley, 2022). Christine Griffin atua como consultora na Change Logic.

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