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Tecnologia e inovação

3 min de leitura

ESG game notabiliza lucratividade com sustentabilidade

Voltado para jovens estudantes, microexperiência de horta do futuro procura unir tecnologia e inovação no Mundo de Glória; o objetivo é valorizar os conceitos e as práticas da ecoeficiência

Cristina Castro-Lucas, Natália Ornelas Martins e Caio Vinícius Ibias Belardinelli de Azevedo

06 de Dezembro

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Artigo ESG game notabiliza lucratividade com sustentabilidade

Apesar de a sustentabilidade ser um tópico muito discutido atualmente, é difícil ver o impacto direto dessas discussões em ações do cotidiano. O termo sustentabilidade foi apresentado oficialmente na Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), da ONU em 1987, e é definido como “a capacidade de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades”.

Se faz necessário levar as discussões para um outro público, e nesse caso os jovens estudantes são um ótimo alvo porque se tornarão a base da sociedade e, por consequência, seus hábitos e costumes afetam diretamente a sustentabilidade da comunidade. A maior dificuldade seria a de introduzir essa discussão e realizar um aprendizado real para esses jovens, de modo a repercutir na vida cotidiana.

Uma solução é o aprendizado mais lúdico, diferente do estilo “sala de aula”, e com aplicações práticas. Assim, a Genesys Biotecnologia delegou uma equipe, que em parceria com o Instituto Glória, desenvolveu a horta do futuro, que é uma das microexperiências do Mundo de Glória, jogo que contou com o apoio do CNPq, que será lançado em janeiro de 2022, e onde é possível entrar em um mundo ideal e que a cada microexperiência realizada se aprende um conceito.

O objetivo educacional da horta do futuro é o aprendizado e a aplicação dos conceitos de ecoeficiência, sustentabilidade e redução de desperdícios. Além disso, o jogador tem a missão de mudar o mundo por meio de uma produção de alimentos inteligente e ecológica, de maneira a levá-lo por uma jornada de construção envolvente e instigante com duas mulheres, mãe e filha, que são responsáveis pelo gerenciamento e produção da horta. Além disso, a microexperiência associa o conhecimento da agricultura familiar com tecnologia e inovação.

Jogabilidade sustentável

A horta do futuro se passa em um cenário onde as plantas crescem em meio de um ambiente controlado de laboratório, na qual a progressão do jogo depende da habilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos na microexperiência sobre ter uma plantação lucrativa, e que, ao mesmo tempo, beneficia o meio ambiente desde o planejamento e logística necessário para um plantio. Assim, cada escolha feita em uma determinada situação leva o jogador mais perto do objetivo final do game.

A horta do futuro, bem como o Mundo de Glória¸ de modo geral, tem como missão impactar de forma positiva a vida dos jovens estudantes que tiverem contato com a microexperiência, de forma a conscientizá-los e estimulá-los para ações sustentáveis.

A microexperiência pode fazer com que os alunos cultivem o hábito de procurar formas de analisar criticamente seus contextos de vida, a partir dos conceitos aprendidos, e que, a partir disso, se vejam como protagonistas na transformação do mundo, na esfera ambiental. Sendo assim, teremos cidadãos que sabem o que o presente deve parecer para obter o futuro que todos desejamos, o planeta Terra prosperando. Ao fim do jogo teremos um jogador mais consciente sobre como uma plantação deveria funcionar: quando lucratividade e sustentabilidade andam lado a lado.

O desenvolvimento da microexperiência partiu da colaboração de equipes com expertise diferentes, seja da área da biotecnologia, programação, design, empreendedorismo e diversas outras pessoas envolvidas, de modo que o conhecimento de cada um se fez necessário para que o projeto tenha grande potencial para a formação dos jovens estudantes.

Este artigo compõe uma série de publicações divulgadas no site/app e nas redes sociais da MIT Sloan Review Brasil ao longo deste mês, até dezembro, em celebração ao segundo mês dedicado às mulheres além de março, que engloba o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino (19 de novembro) e o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher (25 de novembro).

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Autoria

Cristina Castro-Lucas, Natália Ornelas Martins e Caio Vinícius Ibias Belardinelli de Azevedo

Cristina Castro-Lucas é professora coordenadora de pós-graduação na mesma insituição e CEO do Instituto Glória. Já Natália Ornelas Martins e Caio Vinícius Ibias Belardinelli de Azevedo são biotecnologos pela Universidade de Brasília (UnB).

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