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Liderança

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Identifique os vieses cognitivos

Artigo publicado originalmente em* HSM Management * organiza os tipos de vieses cognitivos da economia comportamental e propõe uma autoavaliação

08 de Abril

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Artigo Identifique os vieses cognitivos

Muitos executivos continuam a acreditar no Homo economicus, ignorando as pesquisas de nomes como Richard Thaler, David Rock e Daniel Kahneman e suas evidências de que as emoções nos fazem sabotar as melhores decisões, seja como consumidores, seja como gestores. E você, leitor, quão Homo economicus você é? Se estiver disposto a fazer uma autoavaliação sincera, atribua uma nota de 0 a 5 a cada um dos oito tipos de viés a seguir, 0 indicando a não ocorrência do viés, e 5, a ocorrência bastante frequente. Depois, some. Se sua pontuação ficar abaixo de 15, até que você é bem racional, embora dificilmente seja o Homo economicus idealizado.

Vieses de Daniel Kahneman

Viés de ancoragem. É nossa tendência de confiar na primeira informação recebida como referência (a âncora) para tomar uma decisão.

Viés de disponibilidade. No processo decisório, damos preferência a informações e fatos mais recentes, que presenciamos ou, ainda, mais memoráveis para nós.

Viés de representatividade. Ao avaliar uma questão, categorizamos pessoas e fatos e, depois, supomos que cada pessoa de uma categoria tem a mesma característica da outra que encaixamos ali, fazendo a mesma coisa com os fatos.

Vieses de David Rock

Vieses de similaridade. Percebemos pessoas parecidas conosco (em etnia, religião, status socioeconômico, profissão etc.) mais positivamente, como se fossem mais confiáveis, e vemos com restrições as diferentes de nós.

Vieses de conveniência. Destacam-se aqui o viés da confirmação e o efeito halo. No primeiro caso, procuramos evidências que confirmem nossas crenças e ignoramos aquelas que as contestem. No segundo, deixamos que as qualidades de uma pessoa em uma área específica influenciem toda a nossa percepção sobre ela, como se fosse boa em todas as áreas.

Vieses de experiência. Superestimamos a universalidade de nossas crenças, hábitos e opiniões no viés do falso consenso; enxergamos eventos passados como se tivessem sido previsíveis no viés da retrospectiva.

Vieses de distância. No viés da previsão afetiva, julgamos nossos estados emocionais futuros com base em como nos sentimos agora; já no do desconto temporal, atribuímos menor valor a recompensas conforme elas estão mais longe no futuro.

Vieses de segurança. Por termos aversão ao risco, só decidimos correr riscos quando é para evitar resultados negativos; se o resultado deve ser positivo, não corremos riscos. Já no efeito framing (enquadramento), julgamos as coisas conforme as vemos como ganhos ou perdas, sem utilizar critérios objetivos.

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