E o CEO vai ao redesenho: cinco princípios para a reorganização corporativa

E o CEO vai ao redesenho: cinco princípios para a reorganização corporativa

Editorial

Um livro lançado este ano, intitulado The Organization Design Guide, explica que a relação do CEO com um projeto de reestruturação deve obrigatoriamente ser diferente da sua relação com qualquer outro projeto de mudança (de grande escala) da organização. Por quê? Simples. Se há uma reorientação estratégica, o CEO tem ajuda do conselho de administração. Se a mudança é em uma função, como no caso da estratégia digital da empresa, o CEO pode delegá-la à equipe específica e só supervisionar. Agora, se o que se busca é o redesenho da organização corporativa, só o CEO mesmo pode comandar, sem dividir a carga com outras pessoas.

Não sei até que ponto os CEOs entendem isso; será que é algo tão óbvio assim? Mas a boa notícia é que os autores do The Organization Design Guide escreveram um artigo para nós deixando claro tanto os problemas como as possíveis soluções. Por exemplo, entre os problemas, o texto aborda as quatro fraquezas que podem fazer um CEO não comandar o redesenho de sua empresa como deveria: falta de convicção, vontade de agradar todo mundo, indecisão pura e simples, cerceamento externo. Se o artigo já é leitura obrigatória para gregos e troianos (e é, a meu ver, porque gera insights de diversos tipos para diversos públicos), ele fica inescapável quando alguma dessas quatro vulnerabilidades se faz presente. Um webinar MIT Sloan sugerindo um upgrade da cultura organizacional rumo à transformação complementa a imersão no tema.

Para a entrevista exclusiva desta Review, convidamos um líder corporativo brasileiro que encarna essa capacidade de redesenho de modo ostensivo: Artur Grynbaum. Ele redesenhou quando ocupava a cadeira de CEO do Grupo Boticário e continua a redesenhar estando no conselho de administração. Grynbaum ilumina presentes e futuros da nova economia, mas esse domínio do redesenho por si só já faz valer a leitura, aterrando o tema de capa.

Ainda no tópico da liderança, esta Review aborda um dos assuntos que mais me interessam atualmente no campo da gestão, que é a heurística. No português corporativo, significa encontrar atalhos para tomar decisões, e se trata de algo crescentemente importante para líderes do mundo VUCA, BANI ou qualquer sigla similar que apareça. Aliás, tomei a liberdade de acrescentar, como material estendido, um artigo do Mihnea Moldoveanu, vice-dean de inovação da Rotman School, do Canadá, que dá um contexto excelente para a heurística, e um questionário para a devida interação que materializa o aprendizado.

Esta edição é complementada pelos temas de marketing e gestão de pessoas, e só tem material bom, mas destacarei os dois tesouros escondidos. Um é o acesso em primeira mão que assinantes da Review ganham ao agente inteligente Networker, da TDS Company, para avaliar os efeitos de rede que está gerando e que poderia gerar (no site, por exemplo). Inteligência artificial para chamar de sua – por tempo limitado, claro. O outro tesouro é uma pesquisa inédita, também em primeira mão, sobre transparência salarial. O tema vem ganhando novos contornos no mundo todo, e aqui não será diferente. É uma parceria com Talenses Group e FGV-Eaesp….

Obrigada pela companhia!

E o CEO vai ao redesenho: cinco princípios para a reorganização corporativa
Adriana Salles Gomes

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