Roundtable com Michael Hom, head global da InterSystems, e o economista Ricardo Amorim discute como o analytics pode ajudar as empresas financeiras brasileiras a atuar com mais velocidade e confiabilidade
“Com grandes dados vêm grandes responsabilidades.”. Gregory Vial, professor de tecnologia da informação da HEC Montreal, parafraseou o tio Ben do Homem-Aranha em seu artigo sobre questões de governança de dados, parte de um guia executivo que a MIT Sloan Management Review preparou sobre estratégias de dados vencedoras. E não foi à toa. Para uma organização tornar-se “data-driven”, orientada para e por dados, o desafio é significativo.
Uma pesquisa de 2021 da NewVantage Partner (NVP), apresentada por Thomas Davenport e Randy Bean na MIT Sloan Review Brasil, evidencia o tamanho do desafio: segundo o levantamento, os executivos americanos estão muito otimistas com o potencial do uso de inteligência artificial, mas andam pessimistas quanto à cultura de dados em suas empresas – o que é uma incongruência, inclusive, porque a efetividade da IA depende da qualidade dos dados. A maioria dos respondentes de 85 organizações globais (76%) foram gestores responsáveis por analytics, por dados ou CDAOs, sigla em inglês que designa os líderes que cuidam das duas áreas.
Entre as dificuldades que os entrevistados reportam estão a inexistência de um ponto focal de accountability pelos dados, que estão difusos na organização (um problema de governança) e a prioridade conferida a iniciativas de dados com finalidade de “ataque” (por exemplo, que envolvem marketing, vendas e aplicações geradoras de vendas) em detrimento de ações defensivas (relativas a questões regulatórias e de conformidade, e voltados a minimizar riscos) – quando o necessário seria atuar nas duas frentes.
A própria indefinição sobre qual deve ser o perfil do CDAO gera preocupações. Deve ser um insider veterano da empresa? Ou um outsider que traz novas ideias? Além disso, cerca da metade dos entrevistados sente que seu papel ainda é nascente e precisa amadurecer muito. E a luta com a rotatividade de funcionários é relatada por quase 20% deles.
Tudo isso só reforça a importância de as empresas brasileiras se debruçarem sobre o tema dos dados o quanto antes, particularmente em setores em que desafiantes digitais têm mudado a dinâmica competitiva – mais explicitamente, onde há uma colisão entre modelos operacionais analógicos e digitais. O estabelecimento do sistema financeiro aberto, o open banking, faz a indústria financeira ser um desses casos.
Uma oportunidade de aprofundar a discussão em torno de empresas data-driven no setor financeiro brasileiro é a roundtable “Finanças em tempos de dados: tudo mudou, menos a sua empresa?”, programado para o dia 22/06, das 19 horas às 20 horas, com inscrições abertas ao público. Com mediação da MIT Sloan Review Brasil, especialistas em dados, finanças e economia vão discutir vários temas do estudo no contexto de empresas financeiras brasileiras. Os painelistas são o economista e CEO da Ricam Consultoria Empresarial, Ricardo Amorim, e Michael Hom, head global de soluções para serviços financeiros da InterSystems.
Para quem quiser conferir, eis algumas das perguntas a que o evento pretende responder:
– Velocidade e qualidade são a chave dos negócios financeiros atuais. É possível ter uma boa análise de dados em tempo real e confiável para tomar decisões? Como?
– Em que processos os dados são mais utilizados no setor financeiro? Processamento de transações? Integração? Experiência do cliente? Compliance? Na competição de modo geral?
– Que tipo de dado é necessário para apoiar as decisões críticas de negócios?
– Como as práticas de dados contribuem para as estratégias de ataque, para reduzir o time to value (TTV), ou seja, o tempo que o lead leva para perceber o valor da sua oferta?
– Como as práticas de dados contribuem para as estratégias defensivas, como as de gestão de riscos?
– O que priorizar: segurança ou governança de dados?
– Quais podem ser as práticas mais valiosas para o aprendizado sobre dados em cenários voláteis, em que planejamentos de prazo mais longo são inócuos?
– O futuro dos serviços financeiros no Brasil é, realmente, data-driven? Por quê?
Se as empresas americanas estão confusas em relação a suas áreas de dados, no Brasil, onde não se discute o desafio com a mesma frequência, a confusão tende a ser maior. Se esse for o caso de sua empresa, não deixe de acompanhar a roundtable mediada pela MIT Sloan Review Brasil; ela pode ajudar a clarear seus caminhos.
Roundtable: “Finanças em tempos de dados: tudo mudou, menos a sua empresa?”
PainelistasRicardo Amorim, economista e CEO da Ricam Consultoria EmpresarialMichael Hom, head global de soluções para serviços financeiros da InterSystems
MediaçãoPedro Nascimento, membro do conselho editorial da MIT Sloan Management Review Brasil
Organização: MIT Sloan Review Brasil e InterSystemas
Quando: 22/06
Para se inscrever: clique aqui“