Reimaginar interação com clientes e posicionamento de produtos é requisito para alcançar crescimento transformacional com recursos de computação em nuvem
O avanço da pandemia testou a resiliência das organizações. Como resultado, empresas de todo o mundo transferiram suas operações para a nuvem. Isso porque a computação em nuvem permite a utilização de recursos computacionais de forma remota. O processo é 100% digital.
É normal que a aquisição de equipamentos mais robustos tenha perdido o sentido. Afinal, a migração se mostrou uma alternativa eficiente para aprimorar o processamento de dados. Aliás, ao trilhar esse caminho, algumas empresas conseguiram até mesmo crescer em meio a um período marcado pela incerteza. Mas será que não falta mais nada?
Conforme pesquisa global da Accenture, as organizações projetam, no decorrer dos próximos três a cinco anos, o deslocamento de mais de dois terços de suas cargas de trabalho para a nuvem. Embora quase a totalidade das empresas entrevistadas tenha alguma presença na nuvem, somente 12%–15% (dependendo da região) relataram um crescimento realmente significativo a partir do uso da cloud.
Encarar a computação em nuvem como um destino finito é uma das explicações para a baixa performance. Em uma era de transformação compactada, as organizações precisam ampliar o próprio valor a partir de uma cadeia de recursos contínuos — não isolados.
As organizações que não enxergam a nuvem como ponto final são capazes de desenvolver aplicações e serviços para maximizar o valor de um ambiente de cloud. São os chamados “”competidores contínuos””. Eles também contam com um melhor posicionamento frente a imprevistos. Isso porque encaram a nuvem como modelo operacional para a reinvenção permanente de seus negócios.
Redução de custos, inovação, velocidade de entrada no mercado, recursos aprimorados de venda cruzada e upsell. Essas são apenas algumas das vantagens resultantes da implantação de estratégias baseadas nas tecnologias de cloud.
Segundo o mapeamento da Accenture, baseado em entrevistas com quase 4 mil executivos C-suite de empresas públicas e privadas, quatro parâmetros ajudam a explicar o que se ganha ao obter a denominação de “”competidor contínuo””.
– Inovação: empresas que apostam na continuidade de suas estratégias em nuvem são mais propensas a inovar e automatizar a cadeia de produção.
– Eficiência: o grupo que aproveita a nuvem em sua totalidade é capaz de realizar cortes de custos maiores.
– Lucratividade: os “”competidores contínuos”” sabem como determinar e bater metas mais ambiciosas — tanto operacionais quanto financeiras.
– Responsabilidade social: organizações voltadas para o cloud continuum também são mais capazes de praticar a sustentabilidade.
É fato que a evolução financeira das organizações depende da transição de sistemas para a cloud. A redução de custos, inclusive, costuma ser a principal razão para a escolha. Mas há mais na nuvem do que economia. Por isso, o estudo da Accenture também recomenda quatro passos para alcançar a reinvenção contínua a partir da combinação de capacidades multicloud.
1. Defina o ponto de chegada: é preciso estabelecer uma estratégia clara. Quais são os valores centrais do negócio? O que esperar do futuro? Tomar consciência sobre as próprias forças e fraquezas determina como serão os próximos anos.
Na América do Norte, Ásia e América Latina, por exemplo, os “”competidores contínuos”” já tendem a demarcar metas operacionais e financeiras mais ambiciosas. E tudo indica que eles conseguirão cumpri-las.
2. Estabeleça práticas fundamentais: a agilidade ajuda a prosperar. A chave é combinar a adoção de tecnologia com práticas que permitam a transformação de áreas, a fim de acompanhar o ritmo das melhorias computacionais.
Hoje, os “”competidores contínuos”” adotam 25–80% mais tecnologias (variando conforme indústria e região). Dessa forma, atingem resultados superiores.
3. Entregue experiências excepcionais: os “”competidores contínuos”” privilegiam investimentos em experiência. A combinação de human-centered design e tecnologias baseadas na nuvem possibilita a renovação de produtos e serviços, experiência dos colaboradores e modelos de distribuição.
4. Cresça de maneira contínua: experimentação, inovação e crescimento estão entre as principais preocupações dos “”competidores contínuos””. O equilíbrio entre ambições e prioridades estratégicas é um fator crítico para implementar uma cultura de progresso na organização.
Os “”competidores contínuos”” se destacam pela conciliação de duas qualidades: precisão na escolha da nuvem, como forma de atender às necessidades do negócio; capacidade de implementar práticas avançadas para alavancar essas tecnologias. Como consequência, impulsionam inovação e crescimento de modo importante.
Desencadear o potencial da nuvem é uma promessa para a geração de retornos substanciais. Contudo, uma série de cuidados são necessários para promover o desempenho ideal. Com o propósito de ajudar as empresas a firmarem um compromisso com a reinvenção, a Accenture elaborou uma seleção de práticas para alcançar a continuidade da nuvem.
Agilidade: acelere a expansão para mercados futuros, de novo e de novo.
Objetivos contínuos: o alinhamento é contínuo, não episódico.
Aplicativos que priorizam a nuvem: a nuvem é o ambiente natural dos desenvolvedores.
Transformação de talentos: comprima a transformação continuamente.
Experimentação de TI: transforme experiências de maneira constante.
Reconhecimento de escala: preveja o custo energético para a nova geração de serviços de IA em nuvem.
A pesquisa também mostra que não são apenas os nativos digitais que conseguem se movimentar com agilidade. Empresas como 3M, Startbucks e Roche são consideradas “”competidores contínuos”” pela Accenture, por exemplo.
Para avançar nesta jornada , é fundamental compreender o que a continuidade na nuvem pode fazer pela organização. A liderança também tem um papel importante na adoção e difusão da cultura cloud-first em toda a empresa.”