É possível lucrar com as tecnologias emergentes e, ao mesmo tempo, minimizar seus riscos? Sim, desde que os gestores estabeleçam um processo sistemático de revisão de suas escolhas; conheça o framework RIC, que ajuda a fazer isso e a evoluir de gerenciar riscos para evitar riscos
Que a tecnologia de edição do DNA humano está levando a novos e promissores tratamentos médicos, ninguém duvida. Porém, se acompanharmos o noticiário, sabemos que a prática anda repleta de consequências não intencionais.
Exemplo: em 2018, um pesquisador na China, ignorando as normas científicas, alterou o material genético de embriões humanos em um esforço para conferir resistência ao HIV. As mudanças feitas nos genes podem ser transmitidas às gerações futuras, e seus efeitos no desenvolvimento humano são desconhecidos.
O caso da edição genética ilustra com perfeição como avanços da ciência e tecnologia que prometem resolver alguns dos problemas mais incômodos do mundo (além de criar novos mercados e impulsionar o crescimento econômico) muitas vezes provocam sérios questionamentos éticos. Consequências adversas da implantação desses avanços que não foram inicialmente previstas encontram muitas organizações mal preparadas para sequer reconhecê-las, quanto mais lidar com elas.
Por que isso acontece? Estamos convencidos de que a não consideração de todos os possíveis impactos na hora de decidir se e como desenvolver qualquer tecnologia é o que costuma desembocar nessas consequências negativas para empresas, clientes e outros stakeholders.
Referências bibliográficas
1. P. Rana, “How a Chinese Scientist Broke the Rules to Create the First Gene-Edited Babies,” The Wall Street Journal, May 10, 2019, www.wsj.com.
2. E. Pain, “To Be a Responsible Researcher, Reach Out and Listen,” Science, Jan. 17, 2017, www.science.org; and I. Nakamitsu, “Responsible Innovation for a New Era in Science and Technology,” UN Chronicle 55, nos. 3 and 4 (December 2018).