Pioneiros da gestão defendiam lucros acima de tudo, mas nem todos. Louis Brandeis e outros precisam ser lembrados
diz o senso comum que os objetivos originais da ciência da administração sempre foram promover a eficiência econômica e os retornos financeiros. Perseguir metas mais elevadas do que ganhar dinheiro é algo visto como um desdobramento recente. Mas, a verdade não é bem essa. Em suas raízes, a disciplina também estava muito alinhada a propósito organizacional e gestão consciente com uma ampla comunidade de stakeholders. As conversas atuais sobre responsabilidade social corporativa não divergem dos princípios da gestão científica. Pelo contrário.
Qualquer um que tenha estudado administração provavelmente aprendeu que o “pai fundador” da área é o obcecado por eficiência Frederick Winslow Taylor. A noção, atribuída a Taylor, de que eficiência econômica é o princípio fundamental da gestão reinou no século 20 e chegou ao 21. De fato, o especialista Luther Gulick escreveu em 1937 que, para a gestão, “seja pública ou privada, o ‘bem’ básico é a eficiência”. O guru Peter Drucker fez eco a esse pensamento em 1946, afirmando que “o propósito da corporação é ser economicamente eficiente”. Mais recentemente, o pensador Gary Hamel perpetuou a visão de que “a gestão foi inventada para resolver o problema da ineficiência”.