Mercado global de IA deve chegar a US$ 407 bilhões de dólares até o final de 2027
A inteligência artificial (IA) já deixou de ser uma promessa do futuro e se tornou uma realidade concreta, com inúmeros casos de uso que impactam diretamente nossas vidas e soluções que transformam diversos setores. Em fase de rápida expansão da tecnologia, a previsão é de que o mercado global de IA atinja a marca de US$ 407 bilhões de dólares até o final de 2027, segundo a MarketsandMarkets.
Embora todo esse impacto possa muitas vezes provocar incertezas, o desafio que se impõe é abraçá-la com uma postura de adaptabilidade e tomar as rédeas da narrativa para garantir que sejamos nós os agentes por trás dos parâmetros de uso da IA e de sua adoção para o bem comum. Este é o momento de liderar a discussão sobre IA.
Como destacam Hector Levesque e Ronald Brachman no livro Machines like Us: Toward AI with Common Sense, o verdadeiro desafio da IA está em desenvolver uma “inteligência com bom senso”. Não basta que as máquinas processem grandes volumes de dados e façam previsões; é necessário que compreendam o contexto e a complexidade do mundo humano.
Isso nos ensina uma lição essencial: assim como a IA precisa evoluir para adquirir bom senso, nós, humanos, precisamos evoluir para liderar essa transformação com protagonismo, responsabilidade e visão de futuro.
O conceito de adaptabilidade nunca foi tão essencial quanto agora. Vivemos em um mundo de transformações aceleradas, com a IA sendo um dos principais motores dessa evolução.
Por outro lado, esse progresso pode ser intimidador, especialmente quando nos deparamos com tecnologias emergentes que desafiam e substituem métodos tradicionais de trabalho e pensamento. Uma pesquisa recente da McKinsey indica que 72% das empresas ao redor do mundo já adotaram alguma forma de IA em suas operações em 2024, um avanço significativo comparado aos 55% de 2023.
Como profissionais e líderes, é nosso dever questionar constantemente como usar a IA de forma mais eficiente, como garantir que ela seja uma força positiva e inclusiva e quais são os desafios possíveis de serem superados.
Para a Intel, a tecnologia de IA tem o poder de criar impacto positivo, endereçar problemas complexos e impulsionar a inovação, gerando assim valor para a sociedade, clientes e parceiros. Queremos ser agentes de mudança e capacitação. Nossa missão é levar a inteligência artificial a todos os lugares por meio de plataformas que escalam soluções seguras e suporte a ecossistemas abertos, com produtividade e eficiência.
A jornada para acelerar a adoção da IA pode ser desafiadora, mas é essencial que os obstáculos não nos impeçam de explorar as possibilidades que o futuro nos reserva. A inteligência artificial oferece oportunidades sem precedentes para melhorar a qualidade de vida das pessoas e transformar a maneira como vivemos e trabalhamos. No entanto, também traz à tona questões éticas e outros dilemas que precisam ser enfrentados com seriedade.
Levesque e Brachman nos lembram de que a IA deve ser criada e utilizada com responsabilidade. O bom senso não deve ser apenas uma qualidade projetada para as máquinas, mas um princípio norteador para nós, humanos, à medida que implementamos essas tecnologias. Ao abraçar o futuro, temos a chance de ser os arquitetos dessa mudança, moldando uma IA que respeite nossos valores e beneficie a sociedade como um todo.
Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança.
Stephen Hawking, físico teórico e cosmólogo britânico
Hoje, a IA tem o poder de transformar setores inteiros – da saúde à educação e ao trabalho – mas também levanta preocupações sobre privacidade, segurança e desigualdade. É importante aprender com as últimas revoluções tecnológicas, quando a falta de governança foi um dos fatores para geração de impactos sociais. Ao promover debates éticos e transparentes, podemos garantir que a IA seja desenvolvida de maneira inclusiva, segura e sustentável, servindo aos setores da sociedade.
Precisamos ter discussões abertas e transparentes sobre os benefícios e desafios que a IA traz. Ao tomarmos as rédeas da narrativa, devemos buscar que a IA seja uma força que promova a inclusão, a equidade e o progresso sustentável. Temos a responsabilidade de liderar com ética, garantindo que a IA sirva à humanidade, e não o contrário.
Devemos ser agentes ativos dessa transformação, impulsionando a inovação, moldando a narrativa e garantindo que a IA trabalhe em prol de um futuro melhor para todos.
Assim como a IA precisa de “bom senso”, nós, líderes e profissionais, precisamos de visão, adaptabilidade e coragem para explorar esse novo território com responsabilidade e trabalhar na construção de um futuro que nos encha de orgulho.