IA RESPONSÁVEL 5 min de leitura

Build the future: adaptabilidade e responsabilidade na era da IA

Mercado global de IA deve chegar a US$ 407 bilhões de dólares até o final de 2027

Claudia Muchaluat
10 de novembro de 2024
Build the future: adaptabilidade e responsabilidade na era da IA
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A inteligência artificial (IA) já deixou de ser uma promessa do futuro e se tornou uma realidade concreta, com inúmeros casos de uso que impactam diretamente nossas vidas e soluções que transformam diversos setores. Em fase de rápida expansão da tecnologia, a previsão é de que o mercado global de IA atinja a marca de US$ 407 bilhões de dólares até o final de 2027, segundo a MarketsandMarkets

Embora todo esse impacto possa muitas vezes provocar incertezas, o desafio que se impõe é abraçá-la com uma postura de adaptabilidade e tomar as rédeas da narrativa para garantir que sejamos nós os agentes por trás dos parâmetros de uso da IA e de sua adoção para o bem comum. Este é o momento de liderar a discussão sobre IA. 

Como destacam Hector Levesque e Ronald Brachman no livro Machines like Us: Toward AI with Common Sense, o verdadeiro desafio da IA está em desenvolver uma “inteligência com bom senso”. Não basta que as máquinas processem grandes volumes de dados e façam previsões; é necessário que compreendam o contexto e a complexidade do mundo humano. 

Isso nos ensina uma lição essencial: assim como a IA precisa evoluir para adquirir bom senso, nós, humanos, precisamos evoluir para liderar essa transformação com protagonismo, responsabilidade e visão de futuro.

Adaptabilidade: o pilar da transformação

O conceito de adaptabilidade nunca foi tão essencial quanto agora. Vivemos em um mundo de transformações aceleradas, com a IA sendo um dos principais motores dessa evolução. 

Por outro lado, esse progresso pode ser intimidador, especialmente quando nos deparamos com tecnologias emergentes que desafiam e substituem métodos tradicionais de trabalho e pensamento. Uma pesquisa recente da McKinsey indica que 72% das empresas ao redor do mundo já adotaram alguma forma de IA em suas operações em 2024, um avanço significativo comparado aos 55% de 2023. 

Como profissionais e líderes, é nosso dever questionar constantemente como usar a IA de forma mais eficiente, como garantir que ela seja uma força positiva e inclusiva e quais são os desafios possíveis de serem superados.

Para a Intel, a tecnologia de IA tem o poder de criar impacto positivo, endereçar problemas complexos e impulsionar a inovação, gerando assim valor para a sociedade, clientes e parceiros. Queremos ser agentes de mudança e capacitação. Nossa missão é levar a inteligência artificial a todos os lugares por meio de plataformas que escalam soluções seguras e suporte a ecossistemas abertos, com produtividade e eficiência.

Coragem para abraçar o futuro

A jornada para acelerar a adoção da IA pode ser desafiadora, mas é essencial que os obstáculos não nos impeçam de explorar as possibilidades que o futuro nos reserva. A inteligência artificial oferece oportunidades sem precedentes para melhorar a qualidade de vida das pessoas e transformar a maneira como vivemos e trabalhamos. No entanto, também traz à tona questões éticas e outros dilemas que precisam ser enfrentados com seriedade.

Levesque e Brachman nos lembram de que a IA deve ser criada e utilizada com responsabilidade. O bom senso não deve ser apenas uma qualidade projetada para as máquinas, mas um princípio norteador para nós, humanos, à medida que implementamos essas tecnologias. Ao abraçar o futuro, temos a chance de ser os arquitetos dessa mudança, moldando uma IA que respeite nossos valores e beneficie a sociedade como um todo.

Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança.
Stephen Hawking, físico teórico e cosmólogo britânico

Hoje, a IA tem o poder de transformar setores inteiros – da saúde à educação e ao trabalho – mas também levanta preocupações sobre privacidade, segurança e desigualdade. É importante aprender com as últimas revoluções tecnológicas, quando a falta de governança foi um dos fatores para geração de impactos sociais. Ao promover debates éticos e transparentes, podemos garantir que a IA seja desenvolvida de maneira inclusiva, segura e sustentável, servindo aos setores da sociedade.

Precisamos ter discussões abertas e transparentes sobre os benefícios e desafios que a IA traz. Ao tomarmos as rédeas da narrativa, devemos buscar que a IA seja uma força que promova a inclusão, a equidade e o progresso sustentável. Temos a responsabilidade de liderar com ética, garantindo que a IA sirva à humanidade, e não o contrário.

A IA está em nossas mãos

Devemos ser agentes ativos dessa transformação, impulsionando a inovação, moldando a narrativa e garantindo que a IA trabalhe em prol de um futuro melhor para todos.

Assim como a IA precisa de “bom senso”, nós, líderes e profissionais, precisamos de visão, adaptabilidade e coragem para explorar esse novo território com responsabilidade e trabalhar na construção de um futuro que nos encha de orgulho.

Claudia Muchaluat
É presidente da Intel Brasil, com mais de 25 anos de experiência no setor de tecnologia, tendo atuado anteriormente como partner da IBM Consulting – foi a primeira chief digital officer (CDO) da IBM América Latina, liderando a transformação digital da empresa. Muchaluat é formada em engenharia eletrônica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com mestrado em administração de empresas pela PUC-RJ, MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral (FDC) Em 2023 foi nomeada uma das 100 mulheres mais inovadoras do Brasil pela “Época Negócios”.

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