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CFOs têm confiança elevada sobre negócios e economia

Pesquisa da Saint Paul Escola de Negócios em parceria com o IBEF-SP mostra uma preocupação de CFOs para suprir demandas do mercado interno e alocar recursos em TI, mas com investimento reduzido em inteligência artificial e big data

Luis Gabatelli
12 de julho de 2024
CFOs têm confiança elevada sobre negócios e economia
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Como CFOs estão lendo e classificando o desempenho econômico do Brasil? A pergunta foi levantada em pesquisa pela Saint Paul Escola de Negócios e pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) para medir o Índice de Confiança do CFO sobre os negócios e a macroeconomia brasileira. O estudo trimestral mostra o nível mais elevado de confiança desde a primeira mensuração, feita em 2016.

No estudo, foram verificadas as expectativas dos CFOs sobre os setores e empresas em que atuam para os próximos 12 meses. O mesmo levantamento foi feito em relação às expectativas da macroeconomia para daqui a um ano.

A pesquisa, denominada de iCFO, conta com uma escala de pontuação, indo de 20 (maior índice de pessimismo) até 180 pontos (índice mais otimista). De acordo com a metodologia da pesquisa, 100 pontos representa a neutralidade das expectativas dos CFOs para os próximos 12 meses. No segundo trimestre de 2021, o índice chegou a 144,1 pontos.

O indicador seguiu uma tendência do primeiro trimestre deste ano, contando com uma variação positiva de 10,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior de 140,8 pontos. De acordo com o relatório, o índice “demonstra fortes perspectivas de recuperação, em comparação ao momento econômico e social recente”. Os indicadores por trimestre, desde o primeiro até o último levantamento, estão detalhados abaixo:

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Foco da liderança

O estudo também levantou quais foram as principais preocupações de CFOs no segundo trimestre deste ano: (1) demanda do mercado interno, tema predominante desde o primeiro relatório, em 2016; (2) custos de insumos – refletindo a escassez de suprimentos em alguns setores, além da inflação; (3) competitividade e atuação da concorrência, (4) câmbio e (5) atração, retenção e motivação de talentos. As demais preocupações dos CFOs podem ser lidas no gráfico abaixo:

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Investimentos em TI, IA e big data

A pesquisa também coletou informações sobre as principais perspectivas de investimentos para os próximos 12 meses. Na liderança está tecnologia da informação (27% das menções); seguida de ampliação da capacidade instalada (26, 1%); pesquisa e desenvolvimento (11,9%); novas linhas e unidades de negócio (11,2%); fusões e aquisições (6,8%); aquisições ou modificações imobiliárias (4,4%); abertura de novas unidades (4,3%). Outros investimentos não citados especificamente representaram 8,2%.

Na esteira de recursos alocados em TI, os CFOs responderam ainda o quanto do investimento será destinado para soluções de big data e inteligência artificial. 47% dos respondentes disseram que pretendem investir menos da metade dos valores previstos no prazo de um ano. Já 27% afirmaram que não pretendem investir nessas soluções. Os 26% restantes disseram que irão utilizar metade ou mais dos valores depositados em TI nas soluções de IA e big data nos próximos 12 meses.

Sobre esses números, de acordo com o relatório, houve “um declínio de 9,8 p.p. sobre os 35,8% alcançados nessa classificação no trimestre passado. Esse declínio pode parecer dissonante, se considerado o aumento no índice de otimismo, e é preocupante quando analisado ao nível nacional. Conforme dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial, o futuro do trabalho será profundamente impactado por novas tecnologias, e a competitividade da nação e de nossos profissionais podem estar em risco caso o Brasil tarde a mostrar intenções mais agressivas nesse tipo de investimento”.

A pesquisa

O levantamento feito pela Saint Paul Escola de Negócios, com apoio do IBEF-SP, contou com uma amostra de 100 respondentes em todo o território nacional, mas com maior representatividade de CFOs no Estado de São Paulo.

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Luis Gabatelli
Subeditor de digital para HSM Management e MIT Sloan Management Review Brasil.

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