Você já se perguntou sobre a razão de tão pouco tempo ser gasto em pensar sobre riscos e consequências das inovações tecnológicas? Tania Bucic e Gina Colarelli O’Connor, pesquisadoras na University of South Wales, Austrália, e no Babson College, EUA, perguntaram. E descobriram que os imperativos de negócios ocupam a maior parte da atenção dos envolvidos e na outra parte a atenção vai para as exigências das leis existentes. Não se pensa no potencial de novos danos que a legislação ainda não mapeou. E, quando se pensa, a ideia é gerenciar o risco (repassando-o a uma empresa parceira) e não evitá-lo.
Geralmente não são pessoas más que fazem isso; são apenas pessoas que não questionam o jeito de fazer as coisas do mundo corporativo. Infelizmente, a gestão tem muito de piloto automático, como discutimos em uma Review anterior. Ocorre que a nova economia está chacoalhando todos esses templates, e o que funcionava de um modo “x” pode deixar de funcionar. Foi por isso que gostei tanto do artigo de estratégia sobre fazer inovações tecnológicas minimizando (ou evitando) riscos, que propõe caminhos de nova economia para a gestão. Vale ler cada parágrafo.
Outro artigo retumbante nesta edição, também de estratégia e inovação, é o da capa, sobre as armadilhas da reinvenção. Em minha carreira de jornalista de negócios, já perdi a conta de quantas vezes ouvi a seguinte explicação para o fracasso de empresas: “Ah, os líderes não entenderam as novas tecnologias”. Ryan Raffaelli, da Harvard Business School, meio que joga por terra essa teoria. Segundo ele, geralmente é a gestão interna que não deixa a empresa se reinventar – não a tempo. E isso por conta de três armadilhas: a da identidade, a da arquitetura e a da colaboração. No artigo, você consegue avaliar sua empresa nesses quesitos, inclusive: se ela tiver nota 15 em identidade, tem flexibilidade o suficiente e, portanto, a prontidão necessária para se reinventar. Já se tiver nota 3… bem, não quero te desanimar. Só não deixe de ler esse texto!
Nesta edição, eu me sinto como quando vou comprar roupas – quero levar tudo! É que os artigos caíram especialmente no meu gosto. O terceiro artigo de estratégia e inovação fala da bola da vez do capital internacional: as periferias dos mercados ditos periféricos – atenção, Brasil! O artigo de liderança aborda a capacidade de criar impacto dos comitês ligados aos conselhos de administração. E o artigo sobre comunicação de crise mira um tipo de crise específico – ataques hackers. Lê tudo e não te arrependerás! rs
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Avalie sua prontidão para a reinvenção com um framework que revela o peso de cada armadilha e identifica qual tem mais chances de impactar o negócio
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