Fora a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, que consideramos um evento de management por conta do número de empresários que integram seu governo, o grande fato de negócios do primeiro mês de 2025 foi os investidores vendendo em massa ações de empresas de tecnologia americanas ao perceberem que uma empresa chinesa lançou uma inteligência artificial generativa equivalente ao ChatGPT e similares a um custo muito menor.
Você já experimentou o DeepSeek? Nós sim, e os membros do nosso conselho editorial também. Bem interessante. E mais: alguns de nós experimentamos também a nova versão (2.5 Max) da IA generativa do Alibaba Group, o Qwen, e o resultado é impressionante. Estamos acompanhando tudo isso com atenção redobrada, porque é justamente o conceito de inovação disruptiva do Clayton Christensen se materializando mais uma vez – “o processo pelo qual empresas menores desafiam incumbentes estabelecidos ao introduzir produtos ou serviços mais simples, acessíveis ou voltados a mercados negligenciados”.
Porém esta Review trata não do redemoinho das IAs generativas na esteira dos chineses, mas de três assuntos que têm ligação direta com tudo isso:
• Burnout. Nem é preciso fazer força para imaginar as consequências de mudanças intensas e repentinas no dia a dia das empresas, certo? Todos estamos vivendo isso. Agora imagine o que estão vivendo os funcionários das empresas direta ou indiretamente afetadas por esse episódio. Difícil encontrar alguém com saúde mental suficiente. (A boa notícia é que a gestão tem soluções para isso, baseadas em evidências, como mostramos em três artigos desta edição.)
• Modelo TaaT. É o modelo de negócio que, abrasileirando, podemos chamar de “tecnologia como colega de trabalho” (technology as teammate, em inglês), uma espécie de filho mais avançado do software como serviço. A tecnologia no caso costuma ser a IA generativa.
• Pensamento probabilístico. Com a IA generativa, o nosso modelo de pensamento mais do que consolidado, o determinístico, sofre fraturas, e vem ocupando espaço o modelo probabilístico. (Eu já fico lembrando das aulas de análise combinatória da escola…)
“Gestão profunda” é a nossa resposta aqui para o DeepSeek e o Qwen, além de saudar inovações disruptivas e os chineses trazendo mais competição ao mercado.
Leia com intenção!
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