A resposta é sim, sobretudo quando os governos se omitem. Mas elas devem fazer isso como todo o resto: com processos e sistematização
A responsabilidade de proteger os direitos humanos é dos governos – mas há muitas situações em que estes não podem ou não querem fazê-lo. Nesse contexto, as empresas, como cidadãs corporativas, podem – devem – fazer valer sua influência também nesse campo. Há quatro razões para isso:
1. Razões morais. As empresas não podem mais ser meras espectadoras do que acontece a sua volta. A inação ante abusos tende a ser interpretada como cumplicidade silenciosa.2. Considerações legais. Muitos países já têm leis que exigem das organizações que também protejam os direitos humanos.3. Conformidade com “leis” paralelas. O documento “United Nations’ Guiding Principles on Business and Human Rights” fornece um conjunto de diretrizes baseado no programa “Proteger, Respeitar e Remediar” da ONU, e muitas dessas diretrizes já são adotadas por OCDE, União Europeia, ISO 26000 e IFC.4. Reputação. Com as redes sociais bastante ativas, as empresas estão mais expostas – e vulneráveis – a essas questões.