Aplicativos de comunicação no trabalho nem sempre serão seus inimigos. Não se você entender os dois tipos de criatividade – disruptiva e de desenvolvimento – eendereçá-las de acordo
Antes da pandemia, era raro encontrar pessoas que usavam ferramentas de comunicação específicas para o trabalho. Para falar com um colega, era só ir à mesa dele (ou usar o telefone, se não estivessem no mesmo lugar). Com a proliferação do trabalho remoto, aplicativos como Slack, Monday, Trello, Zoom e Meet passaram a fazer parte da vida dos que migraram para o home office. Esses serviços facilitam a comunicação e a coordenação entre equipes, mas como as funcionalidades deles afetam a criatividade e a inovação?
Procuramos investigar essa questão ao analisar como tais ferramentas vêm afetando duas dinâmicas que influenciam o processo e os resultados das equipes criativas: transparência e privacidade. Grupos que trabalham de forma transparente dentro de uma organização maior se envolvem com uma comunidade mais ampla, inclusive por meio de encontros espontâneos com colegas até então desconhecidos. Essas pessoas desenvolvem relações e são expostas a novas perspectivas, o que pode estimular a geração de ideias. Por outro lado, as equipes criativas que optam pela privacidade se beneficiam de um espaço seguro caracterizado por um sentimento de confiança, o que também pode ajudar a fomentar a inovação. Trabalhar dessa forma promove laços de ligação, cimentando identidade partilhada que pode produzir uma motivação mais forte para contribuir e se envolver.