
As empresas nunca investiram tanto em programas de treinamento e desenvolvimento quanto agora. Pressionadas pela necessidade urgente de adquirir novas habilidades em um mundo de transformações aceleradas, elas vêm ampliando continuamente suas ofertas de capacitação. No entanto, mesmo diante desse esforço, muitos colaboradores seguem pouco engajados nesses programas. Eis a dor que a nova pesquisa da MIT Sloan Management Review Brasil, em parceria com a SQREEM , busca explicar – e, mais do que isso, ajudar a resolver.
Combinando inteligência artificial, análise de dados em larga escala e escuta ativa, a pesquisa traz uma perspectiva inédita sobre o desengajamento em T&D no Brasil. A metodologia partiu da análise de mais de 4 bilhões de interações na internet relacionadas a habilidades profissionais, mapeadas com o uso de IA cognitiva e contextual. Esse mapeamento digital foi complementado por 16 entrevistas em profundidade com executivos e especialistas, além de uma meta-análise de estudos nacionais e internacionais sobre o tema.
Foram acompanhados seis segmentos estratégicos com base em seus padrões de busca online, e ouviram-se oito líderes de recursos rumanos, três executivos de outras áreas e cinco especialistas de mercado. O diagnóstico é claro: os programas muitas vezes não conectam com as expectativas, os interesses e o cotidiano dos trabalhadores. O resultado? Falta de motivação, evasão e baixa adesão.
Para ajudar as organizações a redesenhar suas estratégias de T&D, a pesquisa mapeia os interesses de aprendizagem de funcionários de empresas, bem como o que elas consideram essenciais para o
desenvolvimento de seu capital humano, com uma metodologia que combina levantamento de dados quantitativos e qualitativos.
A parte quantitativa do estudo foi conduzida em parceira com a empresa de tecnologia SQREEM, que emprega uma metodologia inovadora de coleta de dados públicos de usuários na internet e utiliza inteligência artificial cognitiva e contextual para fazer análises precisas e que não dependem
do que as pessoas declaram fazer, mas do que efetivamente fazem em seu comportamento na internet.
A pesquisa se encerra com 12 insights para preparar o Brasil corporativo para os próximos 5 anos, quando quase 40% das habilidades-chave dos colaboradores serão “disruptadas”, segundo relatório 2025 do Fórum Econômico Mundial.