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AGRONEGÓCIO 4.0 6 min de leitura

Liderar o futuro do agronegócio exige alinhamento entre inovação, sustentabilidade e colaboração

Cabe aos executivos fomentar uma cultura organizacional que valorize a experimentação e a adaptação constante a um mercado em evolução

Giana Mores, Leila Dal Moro e  Mary Shelman
Giana Mores, Leila Dal Moro e Mary Shelman
Liderar o futuro do agronegócio exige alinhamento entre inovação, sustentabilidade e colaboração
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Com décadas de experiência em pesquisa, liderança e estratégia de mercado, acompanhamos de perto as mudanças que redefinem o agronegócio ao redor do mundo. Enquanto a sustentabilidade se consolida como imperativo diante das metas globais de neutralidade de carbono e preservação ambiental, a inovação oferece soluções para superar desafios e construir um setor mais eficiente, inclusivo e resiliente. 

Este artigo apresenta uma abordagem estratégica para ajudar líderes do agronegócio a transformar desafios em oportunidades, solidificando a sustentabilidade e a inovação como pilares essenciais para um futuro promissor.

Inovação como motor de crescimento

A inovação no agronegócio exige o redesenho de processos produtivos que integram tecnologia às demandas econômicas, sociais e ambientais do século 21. A agricultura 4.0 é a base dessa transformação. Tecnologias como internet das coisas (IoT), drones, inteligência artificial (IA) e big data redefinem as bases para o monitoramento do solo, do clima e das condições das lavouras, além de integrar dados ao longo da cadeia produtiva, permitindo decisões em tempo real que maximizam a eficiência.

E não para por aí. A inovação requer uma mudança de perspectiva: desafiar métodos tradicionais e construir culturas organizacionais voltadas à experimentação, aprendizado ágil e adaptação constante. Líderes que abraçam essa visão criam empresas mais resilientes e preparadas para o futuro.

Sustentabilidade como requisito global

A sustentabilidade tornou-se indispensável no agronegócio, atendendo à crescente pressão por reduzir emissões e proteger a biodiversidade, enquanto garante eficiência e competitividade. Empresas que integram práticas ESG em suas estratégias alinham-se às exigências globais e fortalecem sua posição no mercado, atraindo investidores e consolidando vantagens competitivas. 

Além de atender às demandas globais, práticas sustentáveis podem reduzir custos operacionais e atrair investidores. Ao adotar abordagens regenerativas e estabelecer parcerias com fornecedores sustentáveis, os produtores constroem negócios resilientes, preparados para atender às demandas de consumidores e mercados globais. 

Framework para a transformação

Para liderar em um mercado cada vez mais competitivo, as empresas do agronegócio precisam alinhar inovação, sustentabilidade e colaboração em um modelo integrado e estratégico. Isso exige uma abordagem estruturada em três pilares principais, conforme o framework de transformação apresentado a seguir.

  1. Faça um diagnóstico do seu negócio para identificar lacunas em práticas sustentáveis, eficiência de recursos e adoção de tecnologias. 
  2. A partir dos dados do diagnóstico, trace ações concretas para sanar as lacunas, como estabelecer metas para alcançar a neutralidade de carbono, adotar tecnologias emergentes, fortalecer parcerias com fornecedores comprometidos com práticas regenerativas, entre outras.
  3. Firme alianças estratégicas para acelerar a transformação do seu negócio e do setor como um todo. Trabalhar em conjunto com startups, universidades e outros atores do mercado permite enfrentar desafios de forma ágil e colaborativa. 

No entanto, vale destacar que tais iniciativas, nas quais se baseia o tripé inovação, sustentabilidade e colaboração, enfrentam barreiras importantes: altos custos iniciais, o que dificulta investimentos em tecnologias; infraestrutura rural insuficiente, o que limita o acesso a certos recursos; e resistência cultural, que desacelera a adoção de práticas inovadoras. 

Papel das parcerias estratégicas

As parcerias estratégicas – embora ainda apresentem desafios estruturais, como conectividade limitada e altos custos – são importantes para ampliar o impacto da inovação no agronegócio, seu vanguardismo e ainda fortalecer a resiliência do setor. A colaboração com agtechs, universidades e até mesmo concorrentes pode fomentar a cocriação de soluções inovadoras e eficientes para dar conta das crescentes demandas de mercados globais.

Nesse sentido, a inovação aberta emerge como potencial modelo colaborativo, permitindo que grandes corporações agrícolas se posicionem na vanguarda e impulsionem seu progresso tecnológico ao unir forças com parceiros externos e fazer uso eficaz dos conhecimentos e recursos complementares. 

No entanto, para que essas parcerias sejam eficazes, é indispensável que as lideranças do agronegócio atuem de forma estratégica, integrando e conectando todos os elos do setor – fornecedores, produtores, distribuidores e consumidores finais – para gerar soluções de maior valor agregado e menor impacto ambiental, bem como promover um setor mais coeso e sustentável.

Também cabe aos executivos das organizações, liderar mudanças estruturais com vistas à sustentabilidade, inovação e adaptabilidade. Para isso, devem fomentar uma cultura organizacional que valorize a experimentação e a adaptação constante a um mercado em evolução.

Liderando o futuro do agronegócio

As mudanças globais exigem que as empresas do setor se adaptem rapidamente, aproveitando as oportunidades trazidas pelas tecnologias emergentes e pela crescente demanda por práticas sustentáveis.

Sua empresa está pronta para liderar essa transformação no agronegócio? O primeiro passo é adotar o framework de transformação mencionado anteriormente. Organizações que implementam uma abordagem integrada de inovação e sustentabilidade não apenas se posicionam para liderar o futuro do agronegócio, mas também fortalecem iniciativas capazes de promover maior resiliência financeira e competitividade no cenário global.

Giana Mores, Leila Dal Moro e  Mary Shelman
Giana Mores, Leila Dal Moro e Mary Shelman
Giana Mores é economista, doutora em agronegócios, professora do mestrado em administração na Atitus Educação e coordenadora do Centro de Conhecimento do Agronegócio na mesma instituição. É palestrante e consultora de empresas do agronegócio. Leila Dal Moro é doutora em engenharia civil e ambiental, coordenadora e professora do mestrado em Administração na Atitus Educação e consultora de empresas do agronegócio. Mary Shelman é ex-diretora do programa de agronegócios da Harvard Business School. Atualmente, lidera o Shelman Group, onde presta consultoria estratégica para empresas do agronegócio mundial.

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