Análises de cenário podem ajudar as empresas a pesar os custos de eliminar as emissões de carbono – e os riscos de manter tudo como está
A ideia em si de uma empresa zerar as emissões de carbono pode ser assustadora. Reformular processos para reduzir emissões pode levar anos e passar a usar fontes alternativas de energia em uma organização global é complexo. Por mais que algumas iniciativas gerem economia com a eficiência energética, outras que precisarão ser implementadas serão custosas – e arriscadas, especialmente se envolverem apostas em novas tecnologias ou modelos de negócio. Sem uma pressão regulatória real ou uma precificação externa do carbono, é difícil cravar as vantagens financeiras da mudança.
Os gestores vão tentar retardar essa transição até terem mais certeza – ou seja, até usarem a análise de cenários para avaliar os custos potenciais de uma alternativa provavelmente pior: não fazer nada. Quando gestores avaliam seu negócio em relação a um futuro no qual governos, concorrentes e investidores têm planos de transição, eles se dão conta de que o custo real da mudança não deveria ser comparado à situação atual, mas aos custos e riscos cada vez maiores que a empresa vai enfrentar se não tomar uma atitude. A atenção dos líderes passa dos riscos de o negócio ser afetado pela mudança climática para uma agenda maior, que inclui a obrigação de mudar e a oportunidade de prosperar em um ambiente de baixo carbono.