Como aproveitar, ao máximo, um evento de inovação
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Você só descobre se tem (ou pode ter) um time desse tipo em momentos difíceis - como o da atual pandemia Covid-19. Aproveite
Augusto Dias Carneiro
19 de Março
Uma pergunta que muitos executivos me fazem em sessões de coaching é: o que faço para ter uma equipe de alto desempenho?
Alguns, um pouco mais à frente na curva de experiência, me perguntam de maneira diferente: como saber que minha equipe é consistentemente capaz de resultados extraordinários?
Meu primeiro impulso (ou eu não seria um coach...) é devolver a pergunta: o que significa para você ter uma equipe de alto desempenho? Porque no final das contas, o que mais importa (eu diria até que é a única coisa que importa) é como cada executivo responde a essa pergunta.
E agora vem a parte cruel da história: a gente só sabe que tem uma equipe de alto desempenho depois que algo de muito sério acontece com a empresa. Como pode ser o caso em tempos de pandemia.
Nosso mestre Katzenbach nos ensinou que “nem todo grupo é uma equipe”. E caracterizou o que é uma equipe de alto desempenho:
• Número pequeno de participantes com habilidades complementares (um máximo nove pessoas, segundo o critério “tem que caber em uma Kombi” de Katzenbach).
• Responsabilidade compartilhada, resultado de alto nível de confiança mútua e interdependência.
• Metas de desempenho agressivas, incluindo respeito com prazos e orçamentos.
• Planejamento estreitamente conectado com execução.
• Escaneamento permanente do ambiente externo, para identificar oportunidades e ameaças.
A verdade é que nem sempre precisamos dar check em todos os itens acima: boa parte dos problemas desse mundo podem ser resolvidos por pessoas tecnicamente qualificadas e com alguma habilidade interpessoal que, na maioria dos casos, postas em uma sala com uma definição precisa do que se espera delas (as cinco perguntas Toyota: O quê? Por quê? Como? Quando? Quanto custa?) entregarão o que se espera.
Também é verdade que criar uma equipe de alto desempenho à la Katzenbach leva tempo e custa dinheiro, afeta a maneira como a empresa recruta, treina e desenvolve pessoas, mede desempenho, e como aprende quando desliga quem não desempenha. Isso tudo mexe com a cultura da empresa.
Fui conversar com meus amigos consultores, e eles, depois de orgulhosamente citar a cartilha de Katzenbach acima, acabam confessando que, embora seja fácil para eles identificar uma equipe de alto desempenho, eles não sabem verbalizar muito bem por que acham isso. Ouço palavras como Estilo, Linguagem Não-Verbal, e Personalidades complementares. E metáforas do tipo Brilho no Olho e Remando Juntos. E que compreendem, e aprenderam a viver com, as pe__culiaridades de cada membro da equipe.
E mais: cada vez que você como líder se perguntar se está criando uma equipe de alto desempenho, muito provavelmente você não tem uma!
O que você como líder pode/deve fazer?
E, por último, mas não menos importante, curta muito! Trabalhar em uma equipe de alto desempenho é um dos grandes prazeres da vida.
Este texto foi inspirado em artigo do meu amigo Mark Nevins e no livro The Wisdom of Teams: Creating the High-Performance Organization, de Jon Katzenbach e Douglas Smith.
Coach, headhunter, autor, mediador e board member, Augusto Dias Carneiro é sócio da Zaitech Consultoria. Autor de Guia de Sobrevivência na Selva Empresarial.
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