Aumentar a visibilidade de práticas ao longo da cadeia de fornecimento dá trabalho, mas pode abrir novas oportunidades de mercado e criar valor
Em novembro de 2020, executivos de empresas como Amazon, Ikea, Nike e outras igualmente famosas foram sabatinados pelo Parlamento britânico sobre o suposto uso de trabalho forçado por alguns de seus fornecedores. Integrantes do Business, Energy and Industrial Strategy Committee da Câmara dos Comuns estavam investigando a possível exploração de muçulmanos uigures na região de Xinjiang, na China. Na ocasião, os executivos tiveram de responder o que sua respectiva organização fazia para garantir a visibilidade na cadeia de fornecimento e combater formas de escravidão moderna.
Com as práticas de terceirização das empresas sob tamanho escrutínio, a transparência da cadeia de fornecimento passou a ser fundamental. E legislações recentes, como o Modern Slavery Act, do Reino Unido, e o Transparency in Supply Chains Act da Califórnia, dos Estados Unidos, não são os únicos motores dessa tendência. Em setores como vestuário, eletroeletrônicos, alimentos e bebidas, a pressão para que empresas comprovem a adoção de melhores práticas ambientais e sociais na cadeia de fornecimento vem de todos os lados.