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Inteligência Artificial

4 min de leitura

Seja estratégico ao usar as novas ferramentas de IA no ambiente de negócios

A evolução da inteligência artificial irá mudar as demandas de tarefas para outras áreas, mas nunca vai substituir a capacidade interpretativa e crítica para a tomada de decisão do homem

Fabian Salum, Paulo Vicente e Karina Coleta

08 de Março

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Artigo Seja estratégico ao usar as novas ferramentas de IA no ambiente de negócios

A inteligência artificial (IA) tem sido palco de muitas discussões no cenário mundial e, ao mesmo tempo, um assunto cada vez mais presente na sociedade. Com a evolução da tecnologia, uma nova área dentro da IA tem chamado a atenção de pesquisadores e desenvolvedores de todo o mundo: o machine learning.

Se a IA é um campo amplo que engloba sistemas e máquinas que imitam a inteligência humana, o machine learning compreende o campo que foca a construção de sistemas que aprendem, ou melhoram, o desempenho, através dos dados que consomem. Por esta razão, o uso estratégico das novas ferramentas de IA oferece respostas muito mais rápidas e assertivas.

Porém, nem tudo é vantagem competitiva quando se fala de inteligência artificial. Afinal, as evoluções deste campo de pesquisa são muito rápidas.

Um dos problemas recorrentes dos sistemas de IA acontece quando solicitamos aos mecanismos uma análise probabilística.

A análise probabilística ou de raciocínio lógico exclui do radar de consulta das ferramentas de IA outras potenciais fontes de informação ou apoio nas respostas. Isso acaba criando bolhas informacionais e possíveis vieses. Um exemplo prático: as fake news que estão em ambientes de redes sociais se proliferam seis vezes mais rápido que uma informação verídica, embasada e de interesse coletivo.

Por isso, cabe aos usuários elaborarem a pergunta de forma coerente e filtrar as informações contidas nas respostas para análise e tomada de decisão de acordo com a realidade dos fatos.

O ChatGTP/Plus: o grande “frenesi” da IA

É perceptível o impacto do ChatGPT nas redes. Ele está mudando as formas de trabalho, aprendizado e até mesmo de comunicação.

Em 2022, a OpenAI disponibilizou o acesso gratuito ao público do programa chamado Generative Pre-Trained Transformer 3, ou GPT-3, também chamado de ChatGPT. A ferramenta, baseada em inteligência artificial, possibilita a escrita de textos e diálogos autônomos, com uma enorme semelhança com a redação humana.

A ferramenta também cria muitas oportunidades e desafios para o ambiente educacional. Universidades e escolas já estão sob o sinal de alerta e percebem que precisarão repensar as disciplinas e metodologias de ensino. E mais um questionamento entra na pauta: as ferramentas de IA são ameaças ou aliadas à educação?

No último 10 de fevereiro, foi anunciado no Brasil a versão “plus” do ChatGPT. A empresa OpenAI a disponibilizou por assinatura.

Contudo, é importante ressaltar que o sistema que se populariza neste princípio de ano, como toda tecnologia de IA e machine learning, não é infalível. Pelo contrário, também comete erros, tendo em vista que uma busca de verificação no ambiente web pode trazer fontes desqualificadas ou mesmo mentirosas.

Como a IA pode impactar o ambiente de negócios?

Hoje as empresas são altamente influenciadas por soluções tecnológicas, apps e programas para gerir seus negócios. A grande aceleração no uso de tecnologia, digitalização e novas formas de trabalho ganharam força a partir da crise da pandemia de covid-19.

É fato que a evolução da inteligência artificial irá mudar a demanda de tarefas para outras áreas distintas. E a pergunta que não quer calar: é possível que IA substitua as lideranças humanas, gestores e executivos nas organizações?

A resposta é categórica: Não! Os executivos e as lideranças devem incentivar e promover a capacidade interpretativa e crítica para a tomada de decisão, além de compreender o potencial das ferramentas e suas aplicações.

Apenas a mente humana é capaz de levantar uma série de cenários, probabilidades, correlações, tendências e aspectos empíricos locais de forma analítica. Esse é um dos motivos que justifica a necessidade de haver pessoas que ajudem a gerenciar os sistemas mais complexos, uma vez que os dados aumentam e mudam diariamente. Caso contrário, o maior risco não será a substituição das pessoas pela inteligência artificial e, sim, elas não saberem como aplicar as ferramentas de inteligência.

Ferramentas úteis para as organizações:

  1. Timely: é uma ferramenta de gestão de tempo, de projetos e produtividade.
  2. Jasper AI: auxilia na criação de textos que podem ser utilizados em estratégia de marketing, criação de textos para campanha, redes sociais e e-mails.
  3. Dall-E-2: é um programa capaz de criar imagens com base na descrição textual apresentada pelo usuário e utiliza o aprendizado multimodal.
  4. Midjourney: semelhante ao DALL-E da OpenAI. Cria imagens através de descrições textuais.
  5. Tome: auxilia na criação de slides e apresentações.
  6. Jenni AI: semelhante ao Jasper, é capaz de criar textos em diferentes formatos.
  7. Fireflies: desenvolvido pela OpenAI, possibilita a criação automática de textos, tais como ata, em reuniões remotas e virtuais.
  8. Murf: criação de texto escritos por meio da fala. Reconhecimento da voz, o texto verbalizado oralmente, ganha forma escrita.
  9. Perplexity: responde a perguntas montando um texto e incluindo as fontes de onde tirou as informações.
  10. GPTBoss: automatiza e incrementa alguns tipos de respostas do ChatGPT.
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Autoria

Fabian Salum, Paulo Vicente e Karina Coleta

Fabian Salum é professor titular de estratégia e inovação (FDC). Paulo Vicente é professor titular de estratégia (FDC). Karina Coleta é professora associada de estratégia (FDC).

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