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Repensando a hierarquia

Precisamos criar um novo conceito para a relação de autoridade entre chefe e subordinado. O novo ambiente de negócios pede um novo modelo, mas não a eliminação da hierarquia

Nicolai J. Foss e Peter G. Klein
30 de julho de 2024
Repensando a hierarquia
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Apesar de todo o hype e promessa que gira em torno da ideia de eliminar a gestão para criar organizações ágeis e horizontais, chefes e hierarquias corporativas permanecem extremamente resilientes. Como foi dito na MIT Sloan Management Review, em 2014, sob as condições certas, a existência de hierarquias é a melhor maneira de lidar com os problemas de coordenação e cooperação que afligem as interações humanas. Elas permitem que a inteligência e a criatividade humanas floresçam em uma escala maior. Eles fornecem uma estrutura mais ampla, com previsibilidade e responsabilidade, para que os especialistas façam seu trabalho.

Mas isso não significa que as organizações tradicionais de comando e controle sejam adequadas para o ambiente de hoje. Vemos uma confluência de tendências empresariais e sociais influenciando o surgimento de novos tipos de hierarquias. O rápido progresso tecnológico, a comunicação instantânea, a criação de valor com base no conhecimento e não em recursos físicos, a globalização e uma força de trabalho mais escolarizada exigem que repensemos como a autoridade é exercida nas organizações. Ao mesmo tempo, visões pessoais sobre política, religião e cultura também influenciam nossas atitudes em relação às hierarquias – assim como se valorizamos a autonomia ou admiramos figuras autoritárias. Todos esses fatores apontam para um papel novo e diferente da hierarquia para enfrentar os desafios do século 21.

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Nicolai J. Foss e Peter G. Klein
Nicolai J. Foss é professor de estratégia na Copenhagen Business School. Peter G. Klein é professor de empreendedorismo na Baylor University. Este artigo é adaptado de seu último livro, *Why managers matter: the perils of the bossless company* (PublicAffairs, 2022).

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