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De operações automatizadas para autônomas

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Editorial

(Liderança, a 26ª GPT)

Acabo de voltar da MIT Sloan School, onde passei uma semana em uma missão de conhecimento CNEX, e, exceto pelo desprazer do frio de Boston (sensação térmica de – 20ºC definitivamente não é para mim), tudo foram prazeres. E um dos maiores foi, como sempre é, o convívio presencial com a equipe que lidera a MIT SMR mãe – Deborah Gallagher, Abbie Lundberg, Elizabeth Heichler e Michael Barrette. Além de serem pessoas altamente capacitadas e gentis na mesma proporção, concordaram comigo quando afirmei que éramos seus licenciados favoritos [sim, o humor inglês está vivo e operante em New England!]

Brincadeiras à parte, uma das muitas conversas que tivemos girou em torno de “liderança”. Diferentemente do que ocorre nesta edição brasileira, eles não possuem uma editoria de liderança e, nos projetos novos (muita coisa boa a caminho), a palavra inexiste. Perguntei a razão disso e recebi duas respostas. Deb me disse que, como todos os leitores de MIT SMR são líderes, com ou sem o posto formal, liderança já é um fato. Ajudar nossos assinantes a serem líderes seria tão redundante quanto ensinar seres humanos a beber água. Abbie adicionou que liderança está inserida em todos os artigos sobre todos os assuntos; é algo transversal. Porque, sem ela, nada acontece. O apoio aos líderes acontece assunto por assunto. 

A partir disso, me ocorreu que, se liderança fosse tecnologia (quem disse que não é?), seria uma de propósito geral, como a inteligência artificial ou a eletricidade. Os economistas Richard Lipsey e Kenneth Carlaw fizeram uma lista de 25 GPTs (sigla em inglês das tecnologias de propósito geral) e nenhuma delas é liderança, mas ouso pensar que poderia ser a 26ª.

Quem ler bem esta edição verá que aborda liderança o tempo todo. Mudar a chave de automatização para automação de operações é papel do líder – e ainda bem que temos grandes líderes no setor de manufatura brasileiro. Induzir a organização a usar com eficiência e eficácia modelos de linguagem grandes e pequenos (LLMs e SLMs) é paper do líder. Garantir que os dados da organização sirvam para fazer um machine learning federado (em parceria com outras empresas) é papel do líder. Quero ressaltar os dois autores brasileiros da edição: Bruno Leal Magalhães e Gabriel Renault.

E, claro, mobilizar as pessoas rumo a grandes conquistas é papel do líder, o que inclui, como veremos aqui, embutir diversidade, equidade e inclusão na estratégia (sim, não se deixe iludir por alguns recuos em DEI) e saber contratar com base em caráter/personalidade. Ou seja, MIT SMR traz os dados que fazem a GPT liderança desempenhar MUITO MELHOR. Aproveite!

Leia com intenção!

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Adriana Salles Gomes

Diretora editorial

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