TRANSFORMAR ALGO NUNCA É FÁCIL. Mas, ao menos para as empresas industriais, a transformação mais difícil é a digital, como indicam Vijay Govindarajan, da Tuck School, e Jeffrey Immelt, o ex-CEO da GE, no artigo que inaugura este ReportEspecial. A GE e outras fabricantes enfrentaram muitos desafios em função da ausência de modelos estabelecidos. Com as experiências delas, os líderes podem aprender mais rápido sobre as batalhas organizacionais e culturais que precisam ser travadas para impedir que a inércia prejudique a mudança.
Também examinamos as habilidades de que os CEOs necessitam para liderar uma transformação digital. Pesquisa de Gerald C. Kane, do Boston College, com coautores da Deloitte e da Northwestern University, sugere que algumas são competências clássicas, porém outras não. A verdade é que até mesmo os conselhos de administração precisam avançar. Peter Weill, da MIT Sloan School, e colegas constataram que empresas cujos conselheiros têm inteligência digital obtêm recompensas financeiras mais significativas. A pesquisa deles nos ajuda a entender como escolher os próximos membros para o board e como cultivar a inteligência digital entre os atuais.
Por fim, trazemos a análise do “faroeste” brasileiro em reveladora entrevista com Silvio Meira, referência em tecnologia da informação no País, que abarca os múltiplos pontos de vista: vem da academia, é membro de conselho, investe em startups inovadoras e, como consultor, auxilia a mudança digital de empresas maduras.