Último artigo da série #Fails traz uma forte mensagem de ano-novo: redefina o conceito e use os erros como alavanca; o resto é ruído
Ao longo deste ano, compartilhei cases de insucesso da minha carreira: empreitadas que não foram pra frente, pisadas de bola, atitudes que gostaria de não ter colocado pra fora. Grandes aprendizados, por consequência.
Infelizmente, falar sobre o assunto não é usual.
Resumindo meu primeiro artigo, A falácia dos cases de sucesso, existe um erro de lógica quando nos concentramos nas pessoas, cases, coisas que passaram pelo processo duro de seleção e sobrevivência, passando por cima de toda a informação e aprendizado dos que não tiveram sucesso. São estes que falharam que geralmente tem zero visibilidade (seja na mídia, palestras, livros, etc). O viés de olhar somente para o que funcionou ou fez sucesso geralmente leva a falsas conclusões.
Para fechar a série de #Fails, hoje vou refletir sobre o que é “sucesso”.
De bate-pronto, quando falamos em sucesso, pensamos imediatamente em: ganhar muito dinheiro, ter cargo alto, ter um negócio que cresce bem, levantar investimento ou ser reconhecido e popular nas redes sociais e imprensa.
Entretanto, ao olharmos a definição do dicionário encontramos primariamente: aquilo que sucede; acontecimento, fato; qualquer resultado de um negócio; Bom resultado; êxito, sucedimento.
Sucesso, por definição, tem pouco a ver com a semântica que adquiriu.
Pessoalmente, minha visão está absolutamente conectada com caminharmos e aprendermos, sucessivamente, na direção que desejamos. O resto – o que esperam da gente e fatores alheios ao nosso querer –, na realidade, é ruído.
E, vale dizer, que sucesso pode ser sim ganhar mais dinheiro ou chegar no tal cargo, também.
Independente do objetivo de cada um, esta não é uma jornada fácil, pois, para se conhecer e atingir continuamente o que se busca, é necessário tentar, errar, digerir e seguir em frente. E para tal, é importante assumir e refletir sobre os erros.
Sucesso não existe sem erro.
Entrar no seu rolê e conquistar o que é seu vai além da tentativa e erro, pois requer também constante consciência e questionamento quanto ao que estamos buscando e se é realmente o que queremos ou o que achamos que os outros esperam da gente. Adicionalmente, é também o timing da vida, nosso contexto atual e o que dá e o que não dá pra abraçar como próximo passo na direção do sucesso dentro da realidade de cada um.
Finais de ano nos ajudam com essa reflexão: o que dá para iniciar, continuar ou parar em 2021, dentro da realidade que me encontro, e que me leva um passo adiante no que é sucesso pra mim?”