Entenda seus objetivos, sua tomada de decisão e os diferentes perfis
“Flexibilidade. Resiliência. Adaptabilidade. Alguns dos termos mais utilizados por executivos para descrever as lições que 2020 deixou para 2021 estão relacionados com os modelos ágeis de gestão. A crise global de natureza exógena ao mundo dos negócios exigiu decisões rápidas das organizações, com ações que fossem eficientes o bastante para manter as empresas e seus funcionários em segurança e, ao mesmo tempo, flexíveis o suficiente para se adaptar às constantes mudanças vindas de todos os lados: evolução da pandemia, negociações no comércio internacional, desvalorização do câmbio, disputas políticas, reestruturações internas. Decisões tais como o fechamento das fábricas da Ford no Brasil, a abertura de áreas ESG nos principais bancos, o número recorde de IPOs.
Como está se dando esse processo decisório? Resolvemos investigá-lo, partindo das percepções dos gestores do mais alto escalão sobre a economia, os mercados, as atividades organizacionais internas e a própria dinâmica da alta liderança. Cada decisão estratégica, é bom lembrar, resulta de um trabalho a várias mãos, envolvendo um conjunto seleto de membros da alta liderança – geralmente o C-level. Esse é o grupo de executivos seniores que se reporta diretamente à presidência e ocupa o topo das instituições. A letra “C”, de chefe, identifica os executivos mais influentes, que definem as principais estratégias corporativas e competitivas, e que trabalham para garantir que as operações da empresa as sigam. Entre os principais cargos funcionais, estão o chief executive officer (CEO), chief financial officer (CFO), chief operating officer (COO) e chief marketing officer (CMO). Em outros casos, dependendo da política interna e do desenho organizacional, a nomenclatura dos “C” pode incluir os tradicionais postos de presidente e vice-presidente responsáveis por divisões de negócio ou áreas geográficas.