O conceito surgiu a partir do cansaço com a lógica da pós-modernidade e da necessidade de se refletir sobre soluções para desafios da humanidade. Mas como ele se aplica às organizações?
É incerto se de fato vivemos uma era de inovações que se sucedem de maneira exponencial, como diz Ray Kurzweil, mas é bastante claro que, tirando os anos que marcaram o fim da União Soviética (1986-1989), o senso de que as coisas mudam rapidamente é mais intenso na atualidade do que em qualquer momento desde o fim da Segunda Grande Guerra. Para nós, que trabalhamos com a identificação de tendências, começa a despontar agora uma transição de clima dominante – ou uma transição de espírito do tempo – e é a primeira desde o pós-guerra, quando surge a pós-modernidade, com todo o ceticismo que esta carrega.
Na verdade, duas linhas de força estão dando o tom para o curso do progresso nos nossos dias, tanto quanto deram no passado. Uma é circunstancial: eventos variados abrem janelas de oportunidades para que o novo aflore e se estabeleça como padrão. A outra, não se engane, é a determinada pela mentalidade dominante no período e, como tal, tende a perpassar diversas inovações ao mesmo tempo.