Existem funcionários que se envolvem em esforços de inovação mesmo sem que nenhum gerente tenha pedido. As empresas devem encontrar maneiras de captar esses projetos. É hora de explorar a inovação oculta
É difícil segurar os inovadores, como podemos ver pela longa história de projetos espontâneos, paralelos e não oficiais entre os membros da equipe de P&D. Veja o caso de Tetsuya Mizoguchi, um executivo da divisão de mainframe da Toshiba, que estava convencido de que havia uma demanda crescente por PCs leves e portáteis em uma época em que esses dispositivos eram máquinas que ocupavam móveis inteiros na casa das pessoas. Depois que a gerência rejeitou a ideia, ele desenvolveu, por conta própria, o primeiro laptop da história. Hoje existem mais de quatro laptops para cada computador de mesa no mundo.
Em nossa pesquisa na Ford, entrevistamos funcionários em pesquisa e desenvolvimento e descobrimos que, de 2018 a 2021, 45% desenvolveram projetos sem a autorização de um gerente. Essas pessoas têm uma série de razões para fazer tal trabalho na surdina. Com base em pesquisas anteriores, sabemos que esses inovadores que trabalham escondidos podem querer adiar a discussão até que tenham condições de apresentar a melhor proposta ou evitar uma pressão por resultados. Funcionários às vezes preferem um atalho para resolver problemas encontrados no trabalho, não querem gastar tempo obtendo permissão ou são, simplesmente, movidos pela curiosidade – mesmo que não estejam sendo pagos por isso.