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A crise na Ucrânia e a indústria de semicondutores

A disponibilidade reduzida de gases como o neon, necessários para a produção de chips, promete ser a maior das crises até agora e vai requerer muito mais planejamento

Per K. Hong, Erik Peterson, Bharat Kapoor e Drew DeLong
30 de julho de 2024
A crise na Ucrânia e a indústria de semicondutores
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A crise na Ucrânia é a próxima ruptura tectônica em um exaustivo período de dois anos para a indústria de semicondutores – que já foi significativamente desafiada pela pandemia de covid-19 e sua capacidade insuficiente para atender à crescente demanda. Essa mais recente ameaça à produção de semicondutores pode ser a mais significativa até agora: ela está pronta para enviar ondas de choque em vários setores de manufatura, incluindo alta tecnologia, automotivo, eletrônicos de consumo e eletrodomésticos.

O ataque da Rússia à Ucrânia expôs várias vulnerabilidades relacionadas ao fornecimento de semicondutores. Por exemplo, a Rússia detém hoje 40% do mercado de paládio, 15% de titânio, 12% de platina e 10% de cobre, todos insumos vitais para produtos de alta tecnologia – como conversores catalíticos, motores de turbina, baterias de íons e placas de circuito – e para processos de galvanização na fabricação de chips. As sanções impostas pelo G7 e outras nações, alimentadas pela condenação mundial da invasão da Ucrânia, tornam a Rússia uma fonte duvidosa de tais suprimentos no futuro próximo.

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Per K. Hong, Erik Peterson, Bharat Kapoor e Drew DeLong
Per K. Hong é sócio da Kearney e um dos líderes da prática de estratégia na consultoria. Erik Peterson é sócio da Kearney e diretor geral de seu Global Business Policy Council. Bharat Kapoor é sócio da emmpresa. Drew DeLong é consultor na Kearney.

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