Ao fim de cada ano, os CEOs precisam analisar sua geopolítica e rapidamente rever os parceiros e pactos de suas empresas
Nos últimos quatro anos, boa parte das alianças geopolíticas dos Estados Unidos foram desfeitas em velocidade alucinante. Não é surpresa que muitas dessas mudanças geraram alvoroço – alguns desses relacionamentos remontavam a um século ou mais e pareciam sacrossantos, até não serem mais. Isso fez Stephen Walt, professor de relações internacionais da Harvard University, esclarecer a situação com um artigo na revista Foreign Policy intitulado “How to Tell if You’re in a Good Alliance” (Como saber se você está numa boa aliança, em tradução livre), que é tão instrutivo para executivos como é para diplomatas.
Walt é pragmático, então a primeira coisa que ele destaca é a suposição por trás do alvoroço: que cada uma das alianças políticas atuais do país realmente precisa ser mantida. “Certamente não é o caso, já que nem todas as alianças foram criadas da mesma forma, e o valor de qualquer compromisso tende a variar com o tempo”, ele escreve. “Países sábios escolhem seus aliados com cuidado e não os tratam como sagrados e invioláveis.”