TECNOLOGIA 3 min de leitura

Colorindo o futuro da IA 3: batalha dos titãs da tecnologia

O enorme potencial commercial da inteligência artificial alimenta uma batalha feroz entre as maiores empresas do setor --e cria um sólido ciclo de inovação

César Gon
31 de julho de 2024
Colorindo o futuro da IA 3: batalha dos titãs da tecnologia
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Como o avanço da inteligência artificial (IA) alterou a dinâmica da competição entre as empresas de tecnologia? Para tentar responder a essa questão, retomo um dos temas que apresentei em uma masterclass sobre inteligência artificial na Corporate Innovation Summit (que antecedeu o Web Summit Lisboa), baseada em uma coluna que escrevi para a MIT Sloan Management Review Brasil (“O software está devorando o mundo, e a IA está mudando o cardápio“).

Avançando nessas reflexões, transformei a apresentação na série de artigos “Colorindo o futuro da IA”, em que cada ideia é ilustrada com uma obra de arte digital gerada por IA com base em obras-primas da pintura e cocriada por mim, pelo ChatGPT e pelo MidJourney (com agradecimentos a Andre Arruda pela legenda e pelos retoques). 

Este é o terceiro artigo da série, que será publicada neste mês de julho na MIT SMR Brasil. As outras colunas estão disponíveis nos seguintes links:

  1. O frenesi dessa nova tecnologia
  2. A revolução da IA no mundo do trabalho
  3. A competição: a batalha dos titãs da tecnologia
  4. A revolução: passado, futuro e impacto

Briga de cachorro grande

OBRA-PRIMA: “Cães Jogando Poker”, de C.M. Coolidge (1894).

Famoso por sua representação humorística de cães antropomórficos e como uma peça icônica do kitsch americano. Várias coleções privadas. Esta obra está em domínio público.

PROMPT DE IMAGEM: “Crie uma obra de arte digital inspirada na pintura ‘Cães Jogando Pôquer’, de C.M. Coolidge, mantendo sua composição icônica para ilustrar a luta dos seis grandes cães da indústria de tecnologia. Substitua os cães tradicionais por representações antropomorfizadas dos titãs da tecnologia: (1) Um buldogue de olhos afiados e determinado como Elon Musk; (2) um husky siberiano elegante e confiante incorporando Mark Zuckerberg; (3) um labradoodle sorridente e inteligente como Sundar Pichai; (4) um chihuahua travesso e experiente em tecnologia canalizando Satya Nadella (5) um golden retriever carismático e empreendedor representando Tim Cook; e (6) Jeff Bezos como um Vizsla.”

O que estamos presenciando como resultado do enorme potencial comercial da IA é o surgimento de uma feroz batalha na indústria entre os gigantes da tecnologia para dominar o espaço da IA e suas bases. 

Dê uma olhada nesta obra de arte digital inspirada na clássica pintura “Cães Jogando Pôquer”,’ de Coolidge, de 1894. Agora tente identificar: Elon Musk, Zuckerberg, Pichai, Satya Nadella, Tim Cook e Jeff Bezos (você pode reler o prompt para ver se seus pressupostos estão corretos, mas tenho certeza de que já identificou Musk).

Um ponto interessante a destacar é que a primeira aplicação de alto impacto de um LLM (grande modelo de linguagem, como o ChatGPT) não foi lançada por um dos gigantes da tecnologia da indústria. Contra todas as probabilidades, a OpenAI, originalmente uma startup sem fins lucrativos, alcançou esse feito. 

Agora, as coisas mudaram muito: o que foi celebrado como um triunfo da inovação aberta se transformou em uma competição entre laboratórios secretos de P&D dos Grandes Cães. E a OpenAI se tornou uma entidade com fins lucrativos, muitas vezes percebida como mais uma empresa opaca, casada com a Microsoft (aliás, uma grande aposta de Satya Nadella).

Para completar a cena, uma avalanche de dinheiro de investidores está sendo direcionada para inúmeras novas empreitadas de IA, criando um sólido ciclo de inovação em torno da IA. Bem-vindos a mais uma profecia autorrealizável da indústria de tecnologia.

César Gon
César Gon é empreendedor, fundador e CEO da CI&T, multinacional brasileira de serviços digitais, e investidor ativo em fundos de risco e startups. Premiado, em 2019, como o “Entrepreneur of The Year” pela EY no Brasil, é engenheiro da computação, com mestrado em ciência da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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