Digitalizar o que importa: a linha de frente

A transformação digital é o que viabiliza as respostas das empresas a disrupções. Mas, para garantir o sucesso, chega de estratégia “de cima para baixo”. É preciso compreender que a mudança acontece realmente na linha de frente e planejá-la de acordo

Paul Leonardi

8 de setembro de 2020 Atualizado em 29 de julho de 2024

Este conteúdo está na edição #3 do MIT SMR Brasil.

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Lá nas alturas dos escritórios dos dirigentes de uma empresa, pensar a mudança digital é estimulante. Os líderes de negócios quase podem sentir o perfume dos ganhos de eficiência e velocidade, do aumento em satisfação dos clientes gerado pelo uso de dados. Como afirmou um executivo sênior de uma grande empresa de telecomunicações, “mapear uma nova abordagem para concorrer na era digital é uma delícia!”.

Mas eis aqui a verdade menos prazerosa que aprendemos após 16 anos de trabalho em tais transformações, com mais de duas dúzias de companhias em oito setores diferentes: o sucesso depende menos de inspiração estratégica do que da maneira como as pessoas na linha de frente implantam as novas ferramentas digitais. E o pior é que a maioria dos líderes não está providenciando a fundação sobre a qual esses funcionários possam ser bem-sucedidos.

Disrupção 2020 / O caos e a transformação digital

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Paul Leonardi

Professor emérito de gestão de tecnologia na University of California em Santa Barbara, nos Estados Unidos. Ele também atua como consultor de empresas no uso de dados fornecidos pelas novas tecnologias com vistas à transformação digital.