Fantasmas na estratégia

Editorial

Normalmente concentramos nossos colunistas no portal, o que nos permite fazer uma atualização permanente do que vem acontecendo nesta gestão movida a tech e ESG. Nossos colunistas são de primeira linha – influenciadores genuínos (genuinfluencers, como dizem os americanos). Espero que você os acompanhe!

Excepcionalmente, porém, passamos a ter coluna também na Review, a partir desta edição – uma coluna específica dedicada à inteligência artificial. O nome? Insights: o mundo artificialmente inteligente. As razões? A temperatura e a velocidade do assunto. Espere muitos textos do Alexandre Nascimento, Thomas Davenport, Thomas Redman, Michael Schrage e outros especialistas da área. Seguiremos com os artigos a respeito de IA derivados de pesquisas robustas, mas esses insights rápidos se mostram cada vez mais necessários na velocidade do som e da luz. (Como a sensação térmica importa mais que a temperatura que o termômetro marca, não é exagero falar em velocidade do som e da luz… risos.)

E o Alê Nascimento, como o chamamos, começou dando o tom da edição: a lua de mel com a IA generativa acabou, e os gestores precisam entender os porquês disso e o que vem depois. Tentamos contribuir para esse entendimento. Particularmente, não achamos que essa seja a lua de mel frustrada que mais deve nos preocupar (o Hype Cycle explica), e sim a lua de mel das empresas com o longo prazo. Muitos gestores não estão trabalhando em futuros no plural; em vez disso, apostam em um futuro de tamanho único. Daí a importância do nosso artigo de capa. Ou os outros futuros viram fantasmas e vêm assombrá-los.

Não sei se dá para dizer que acabou a lua de mel com a transformação digital também, mas, no setor industrial, tem havido várias brigas de casal. Nossos autores parecem entender bem o problema: falta abordagem em etapas. Parece que os gestores ficam só na DR (a malfadada discussão da relação…)

Já que estamos agindo como cupidos nesta edição (risos), trazemos também notícias do casamento entre marketing e design. Trata-se de uma abordagem que nasceu no Brasil fora do eixo, em Recife (PE), e com o potencial de nos aproximar significativamente dos clientes. Vale explorar.

Por fim, imagine uma lua de mel em que um dos cônjuges mexe em um vespeiro e sai todo picado. O romance fica prejudicado, certo? Por outro lado, se um cuida do outro, o casamento se fortalece. No artigo sobre desenvolvimento de lideranças, a proposta é não fugir do vespeiro… Boa leitura!