Conheça mais um case de fracasso: desta vez, o empreendimento é um site de dicas de viagens. Entre outras coisas, não houve validação com uma parte dos usuários antes – os produtores de conteúdo – e faltou foco à empreendedora
Estamos no terceiro artigo da série de insucessos e negócios que não foram pra frente na minha carreira. No último artigo, contei sobre o roadmappe, software de gestão de projetos, que nunca nem teve seus usuários iniciais. Saindo da linha de gestão e métodos, agora vamos para o mercado do turismo 🙂
Parece não ser à toa que projetos que criei são sempre relacionados à metodologias e desenvolvimento de negócios, ou a turismo (viagens, restaurantes, etc).
Hoje tenho clareza que a parte do turismo foi reflexo de querer tornar um hobby em negócio. No quesito dos métodos e gestão ainda continuo firme e forte evoluindo com a abeLLha e na minha carreira como executiva.
Mas que projetos foram esses que tentei emplacar na indústria do turismo? Tive dois, Fuui.me e Happymoment. Hoje vamos focar no primeiro!
Fuui.me
O Fuui começou em 2011, de uma vontade de ter dicas únicas de restaurantes, bares, lugares em determinadas cidades (Nova York, Londres, Berlim etc.) dadas por curadores selecionados. Você lia o perfil do escritor e se sentisse que ela ou ele tinha tudo a ver com você era só seguir as dicas.
Tenho amigos em alguns lugares do globo e pensava que eles poderiam ser ótimos escritores ao compartilharem seus lugares favoritos nas cidades em que viviam. A monetização viria a partir das parcerias que, com tráfego no site, poderíamos explorar (uma ideia hoje muito bem executada pelo Chicken or Pasta).
Confesso que, revivendo a minha memória afetiva do projeto, morro de vontade de retomá-lo! 😉novamente, que era possível levar um projeto paralelamente ao dia a dia no trabalho. No meu caso (creio não ser assim com todo mundo), eu acabava gastando energia sem conseguir desenvolver nada além do meu foco principal, que era o Bom Negócio.
Se puder compartilhar o meu absoluto e mais relevante aprendizado ao longo da jornada é a importância de realmente ter foco.
Por incrível que pareça, o Fuui está longe de ser o gatilho do meu aprendizado quanto ao foco e a saber dizer não ao que não é relevante. Ainda tive que errar muito neste quesito para entender o peso que isso traria à minha vida e aos ganhos com tal aprendizado.
Afinal, nossos “”nãos”” são infinitamente mais importantes que os nossos “”sims””.
Se quiser ler mais sobre a série #Fail, que conta todos os meus insucessos:
– A falácia dos cases de sucesso e porque aprendemos mais analisando erros do que acertos
– #Fail: a história do roadmappe, um software de gestão de projetos que nunca foi realmente usado“