Muito se fala sobre diversidade, mas, se o modelo de gestão não assegurar que haja espaço no dia a dia para divergências e empatia, as empresas só repetem práticas antigas com um verniz de novidade
No lugar em que estou – de homem branco e heterossexual –, escrever sobre a importância da inclusão e da diversidade parece não me caber. Mas, como pai de três meninas e alguém que gostaria de ver um mundo mais justo e igualitário, me sinto feliz em falar que vejo um movimento promissor em comparação às primeiras décadas de meus 30 anos de carreira.
Ao longo desse tempo, ocupei posições de liderança nas principais empresas globais de software e, recorrentemente, via que a receita para ser bem-sucedido era ter as características do chamado “macho alfa”. Alguém firme, competitivo e invulnerável. Esse perfil era venerado no mundo corporativo e só os iguais eram considerados bons. Era necessário ser quase truculento – quem não se adequava não era forte o suficiente para liderar. Cheguei a escutar que eu era muito bonzinho, que precisava ser mais duro…