Pesquisa mostra que, quando passam um tempo em outra unidade da mesma empresa, os trabalhadores voltam mais inovadores
A digitalização e a automação estão transformando o papel dos operários que atuam na linha de frente das empresas industriais. Cada vez mais, o trabalhador cria valor não só ao desempenhar suas funções costumeiras; ele também cria valor ao contribuir para metas maiores, como competitividade e inovação. Indivíduos criativos e com capacidade de resolver problemas são especialmente úteis. É que de sua perspectiva podem enxergar oportunidades de aprimorar processos e gerar negócios – coisas que não são tão óbvias para seus gestores. O resultado é que a inovação na linha de frente é hoje uma das maiores fontes de vantagem competitiva sustentada na indústria. Em certos casos, até 75% dos ganhos anuais de produtividade são decorrentes de ideias que partem das bases, de trabalhadores sem relação com a área de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Embora cada vez mais comum, ainda falta uma boa compreensão de como a gestão pode efetivamente apoiar esse tipo de inovação. Em nosso estudo, mostramos pela primeira vez como a mobilidade estratégica da linha de frente – a transferência de operários para outras fábricas por breves períodos, com objetivos específicos – pode aumentar a contribuição desses empregados para a inovação e o aprendizado organizacional.