Certa vez, há uns quatro anos, um famoso app de mobilidade me fez entrar na contramão. Isso poderia ter causado consequências graves para mim, para o meu filho no banco do passageiro, e para outros carros e pedestres. Sem falar nas potenciais perdas financeiras. Acabou-se ali minha confiança no aplicativo. Aconteceu só uma vez, mas devo dizer que, até hoje, essa confiança não foi completamente restaurada.
Pois o Brasil, assim como o app, está perdendo a confiança do mundo. Não que o País tenha sido um motorista exemplar ao longo de sua história, mas, agora, ele definitivamente entrou na contramão. E pelo menos três vezes. A primeira foi com a aversão das autoridades federais à ciência e aos dados, o que se traduz na flacidez das medidas preventivas e do plano (?) de vacinação contra a Covid-19, no desestímulo à preservação ambiental, no desprezo por qualquer tentativa de se criar estratégias para a inovação e para a educação no País, e por aí vai.