Transformação na gestão da TI possibilita a combinação dos principais componentes virtuais e físicos da área nas empresas
Embora a maior parte das empresas tenha aumentado seus investimentos para mover suas estruturas on-premise para modelos como o cloud computing e os data centers em colocation, principalmente durante a pandemia de covid-19, garantir que as operações funcionem de forma ideal – e de qualquer lugar – exige um cuidado ainda maior e uma infraestrutura inteligente.
De forma a garantir agilidade, desempenho e simplicidade para as infraestruturas, a hiperconvergência foi criada para combinar computação, virtualização, armazenamento e rede em um único ponto de gerenciamento. Isso faz com que a estrutura tradicional do data center corporativo seja modernizada e forneça mais possibilidades de escalabilidade e aplicação de novas tecnologias, além de redução de custos e da complexidade de processos e de gestão.
Essa combinação causa tal impacto nos negócios que, segundo o estudo State of the Enterprise Datacenter, 67% das organizações estão a caminho da adoção da infraestrutura hiperconvergente ou já a adotaram, especialmente pensando em suas necessidades de médio e longo prazo. Isso porque, conforme define a Cisco, ela fornece uma abstração mais profunda e maior automação do que a infraestrutura convergente. Mas vamos por partes!
A infraestrutura hiperconvergente é entendida como a evolução da infraestrutura convergente, possibilitando a adoção de componentes definidos por software essenciais para melhorar a eficiência operacional dos negócios. Essa tecnologia foi desenvolvida para substituir a antiga infraestrutura herdada, que era composta por três camadas – armazenamento dedicado, camadas de servidor e dados –, mas que já se tornou atrasada diante da massa de informações atuais e rapidez do mercado.
Quando comparada à infraestrutura convergente, a hiperconvergência foi criada para funcionar como se fosse um sistema gerenciado por software e é capaz de virtualizar quase todas as operações realizadas pelo data center tradicional. As estruturas convergentes, por sua vez, apesar de utilizarem os mesmos componentes, são mais complexas de serem administradas e exigem que recursos e componentes fiquem separados. Logo, não há integração, o que prejudica a velocidade e o desempenho dos processos. Assim, a hiperconvergência acaba com a dependência que empresas possuíam de servidores e de redes de armazenamento separados.
Ao propiciar a gestão de dados e de intensas cargas de trabalho em um mesmo local, a integração de computação, virtualização, armazenamento e rede proporciona aos negócios maior escalabilidade e flexibilidade, seja para gerenciar operações ou para tomar decisões estratégicas.
Mas como funciona? Antes de tudo, a TI precisa estar preparada para lidar com a hiperconvergência, já que ela exige modificações sobre o sistema que era usado anteriormente. Ao ser desenvolvida a partir de blocos, ela permite que recursos diversos sejam adicionados na estrutura original, possibilitando que as empresas tenham menos preocupações com atualizações de hardware ou possíveis substituições. Essa estrutura também possibilita que o cluster seja utilizado de forma compartilhada e que o hardware seja intercambiável.
Assim a hiperconvergência faz com que empresas tenham acesso a uma estrutura semelhante à oferecida pela nuvem, porém instalada em casa. Além da automação da infraestrutura e a otimização de custos, pois todas as possibilidades estão inseridas em uma mesma plataforma, ela é também bastante interessante para organizações modernas que precisam lidar com altas demandas de carga de trabalho porque possui robustos sistemas de backup e recuperação de dados diante de desastres (disaster recovery).
Ao mesmo tempo, ela possui suporte multicloud, simplificando os ambientes de nuvem híbrida, além de facilitar o movimento de dados e/ou aplicações entre a nuvem pública e os servidores on-premise das empresas. No cenário atual, em que a estratégia híbrida e multicloud tem sido adotada por muitas companhias, a solução hiperconvergente possibilita que os processos apresentem altos níveis de desempenho, agilidade e simplicidade.
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