Os “digerati” estarão à frente da inovação, mas também terão de desenvolver onisciência sobre os negócios, atitude empreendedora, foco em resultados e inteligência ética
A quarta revolução industrial, marcada pela convergência de novas tecnologias digitais, biológicas e físicas, está mudando a natureza do trabalho. O desafio agora é contratar e desenvolver a próxima geração de trabalhadores, que fará uso de inteligência artificial, robótica, computação quântica, engenharia genética, impressão 3D, realidade virtual e outros recursos em seu trabalho.
Antes de pensar em como desenhar as novas funções, organizar o trabalho e competir por talentos na nova era, as empresas devem sistematizar as capacidades de que precisam agora para sobreviver e inovar na próxima década. Por mais de dez anos temos estudado o impacto do digital nas empresas e estamos convictos que as competências necessárias para lidar com ele são mais empresariais do que técnicas. Como não há recursos para trocar toda a força de trabalho nem dá para esperar o nevoeiro baixar, as organizações precisam “trocar” as capacidades dos profissionais atuantes. Uma diversidade de levantamentos que fizemos revela, no entanto, que os treinamentos estão focados em capacidades que os funcionários já possuem, em vez de prepará-los para os desafios de negócios que enfrentarão ao usar tecnologias emergentes. E os jovens, por sua vez, parecem interessados mais nas questões tecnológicas do que nas de negócios. As empresas fariam melhor se cultivassem em seu pessoal estas quatro amplas competências de negócios: