Ao contrário do que se pensa, crises são o melhor momento para pensar em responsabilidade social empresarial
Pode parecer equivocado focar agora A responsabilidade social empresarial (RSE). Na verdade, talvez seja a melhor hora. Para entender por quê, é importante considerar o que a RSE envolve – além de “fazer o bem”. As empresas ainda costumam ver RSE como um conjunto de atividades beneficentes, na categoria do “nice to have”. Só que, do ponto de vista da liderança, seria melhor tratar RSE como a conciliação dos interesses dos diversos stakeholders – trabalhadores, fornecedores, comunidades locais, ambientalistas, governos e outros, essenciais para o bem-estar empresarial – e, assim, como um potencial risco.
Historicamente as empresas têm visão estreita a respeito de quais stakeholders importam. As mulheres não devem ter sido vistas como um nítido grupo de interesse pela Nike ou pela Uber até que ambas passaram a enfrentar ações judiciais e posts virais nas redes sociais sobre discriminação, assédio e desigualdade salarial. E, às voltas com uma crise como a da covid-19, elas preferem focar novas receitas e cortes de custos, esquecendo-se dos riscos que precisam gerenciar – como os riscos para a reputação corporativa.