Saiba orquestrar seu ecossistema de colaboradores

Saiba orquestrar seu ecossistema de colaboradores

Editorial

O Natal já está instalado (eu diria que antes da hora, se alguém me perguntasse, porque ainda falta muito para fechar o ano), mas sempre houve algo que me incomodou em relação ao Papai Noel: cada indivíduo pode fazer só um pedido ao velhinho. Muito mais interessante é o gênio da lâmpada de As Mil e Uma Noites, que atende a três pedidos e nem condiciona isso a bom comportamento [risos].

Então, para esta Review que vai finalizando o ano de 2024, tomo a liberdade de fazer um mashup mitológico e encaminhar três encomendas ao Papai Noel em nome dos gestores e empresas do Brasil – e com uma facilidade: os pedidos vão depender de comportamentos futuros, não do que já passou.

O primeiro pedido conversa com o estudo que estampa nossa capa, feito conjuntamente por pesquisadores de MIT Sloan Management Review e da Deloitte, a respeito de força de trabalho. Excepcionalmente, não é um estudo que acaba de sair do forno; ele foi publicado em 2022. Mas, considerando o delay de gestão entre Estados Unidos e Brasil (ou entre Norte e Sul globais), calculado entre dois e cinco anos, estamos no melhor timing. (Dois anos seria o tempo mínimo para que uma tendência detectada lá comece a se verificar aqui, segundo a comunidade executiva brasileira.) O pedido ao gênio de vermelho é para que os gestores enxerguem a transformação de sua força de trabalho descritos a seguir (num artigo que é quase um livro resumido) – ela se torna um ecossistema formado de colaboradores internos e externos. E para que os líderes, o RH e outros departamentos orquestrem o ecossistema.

O segundo pedido tem a ver com startups de base científica, as chamadas “deep techs”, crescentemente investidas por empresas estabelecidas segundo artigo desta edição. British Airways investe na biotech LanzaJet para promover a transição energética. ExxonMobil investe na Mosaic Materials, startup de tecnologia de captura de carbono. E assim por diante. No Brasil, isso também pode ser grande, como escreve nosso conselheiro Bruno Stefani, cada vez mais dedicado ao tema. O gênio Noel poderia nos ajudar a buscar essa vantagem competitiva, não?

O terceiro pedido solicita ao Papai Noel foco nas mulheres líderes, que muitas vezes não reconhecem a própria liderança como revela o estudo com 60 mil mulheres publicado nesta edição. Em avaliações 360º, elas superam os homens em 17 de 19 competências-chave de liderança, só que aceitam o rótulo “líder” menos do que os homens. Então, esfreguemos a lâmpada e peçamos que o velhinho barbudo empate no jogo! (Aliás, lançamos o movimento “Autoras do Amanhã” – você já viu?) Por ora, abraços e boa leitura!

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Adriana Salles Gomes

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