Para que haja comprometimento, ignorar o trabalho flexível não é mais uma opção para as empresas, mas oferecer uma experiência complexa de trabalho flexível também não é
A expressão “destruição criativa”, cunhada pelo economista austríaco Joseph Schumpeter no século 19, nunca foi tão atual quanto agora, principalmente quando pensamos na dinâmica do capitalismo contemporâneo. Para o pensador, as tecnologias surgem como ondas, destruindo a criação anterior, e geralmente vêm acompanhadas do aumento da produtividade do capital e do trabalho, pois os empresários inovadores conseguem alocar produtos com vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes tecnologicamente defasados.
Quando as inovações tecnológicas alcançam o consumo generalizado, a taxa de crescimento da economia diminui e assim se inicia o processo recessivo da redução dos investimentos e a baixa da oferta de emprego. E aí cria-se uma onda, com novas necessidades e funcionalidades, preços altos até que a tendência se consolide. O movimento inovador deve ser constante para ser transformado em progresso, empregos, renda, além do estabelecimento de novos paradigmas. É o que estamos vivendo hoje.
Dentro deste contexto, já percebemos há muito tempo que a transformação digital é um caminho sem volta. Só que para ela acontecer, é preciso ter ciência de que o mais importante core business da empresa é o capital humano. Até agora, o foco das empresas na hora de avançar em sua transformação digital não tinha o colaborador como prioridade. A realidade atual requer que passemos da transformação digital à transformação das pessoas, e isto implica que a implementação de tecnologias tenha como foco ajudar aos profissionais a atingir seu máximo potencial. E o que fazer para engajar os talentos e garantir a jornada rumo à inovação?
As empresas precisam proporcionar a seus profissionais o que eles realmente querem: uma maneira simples e flexível de realizar suas funções. A tecnologia é um dos principais impulsionadores da experiência moderna , de acordo com a pesquisa “The Experience of Work: The Role of Technology in Productivity and Engagement”, realizada pela Economist Intelligence Unit (EIU) com a participação da Citrix.
Segundo a pesquisa, as empresas que a utilizam para apoiar novos modelos de trabalho e fornecer aos funcionários ferramentas que os tornem mais eficientes, conseguem oferecer mais e, no processo, não apenas atrair as pessoas, mas mantê-las engajadas e produtivas para melhorar seus resultados nos negócios. E aí entra o espaço de trabalho inteligente, que reúne todas as aplicações utilizadas no dia a dia numa única interface, sem que o usuário precise abrir várias telas e colocar várias senhas. Como ele utiliza uma única senha, ele pode abrir qualquer arquivo e aplicativo e trabalhar do notebook. Se precisar interromper, pode continuar do ponto que parou pelo celular, e depois ir para o tablet.
Trabalhar a qualquer tempo e de qualquer dispositivo permite levar o ‘escritório’ onde quer que o profissional vá. Afinal, a inspiração e as solicitações urgentes não aparecem exclusivamente em horário comercial. Dessa forma, o trabalho flexível, que não se limita apenas ao home office, traz diversos benefícios e um leque enorme de possibilidades. Além da escolha de moldar o horário, existe também como vantagens a economia de tempo e gastos com deslocamentos, além de promover melhor qualidade de vida.
Com a satisfação do pessoal, ganha-se comprometimento. Calcula-se que um profissional não comprometido tem um índice de absentismo 37% maior, é 18% menos produtivo e 15% menos rentável (de acordo com dados da Gallup). Encontrar uma maneira de resolver esse problema é vital, por isso cada vez mais empresas estão começando a observar com atenção a experiência de trabalho e quais são os fatores que a desenvolvem e a estimulam.
Nas empresas digitalmente mais maduras há pelo menos dois anos, 46% consideram que a tecnologia disponibilizada pela empresa contribui para melhorar a experiência de trabalho, de acordo com o estudo da EIU. Aquelas com mais impacto no setor são as que permitem um acesso mais fácil à informação necessária para trabalhar (47%), as que oferecem a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar (43%), as que oferecem aplicativos que são fáceis de usar (39%) e as que permitem obter uma experiência de usuário similar a do consumidor (33%).
Em resumo, a produtividade sofre com a complexidade: mais aplicativos, mais logins, mais notificações e informações dispersas geograficamente. Um espaço de trabalho digital oferece acesso seguro e fácil a aplicativos e aos dados em uma única interface. Os usuários se beneficiam dos recursos inteligentes, automação de tarefas e de uma experiência uniforme em todos os dispositivos. Para quem ainda não sabe: esse é o futuro.”