Não são apenas soluções sob medida, mais onerosas. No Porto Digital, foi desenvolvida uma aplicação quase de prateleira
Há 50 anos nascia o primeiro gêmeo digital do mundo: foi criado na agência aeroespacial americana, a Nasa, para servir de simulador no treinamento dos astronautas e também para resolver problemas inesperados durante as missões espaciais. Era um gêmeo quase digital, podemos dizer. Esse simulador era uma espécie de réplica física na qual se inseriam os dados coletados nas missões para reproduzir situações reais. No filme Apolo 13, após uma explosão na espaçonave, os engenheiros em solo analisam os problemas e testam soluções em uma réplica da espaçonave Apolo com diversos simuladores, para trazer a tripulação em segurança de volta à Terra.
Na década de 1990, as indústrias automobilísticas e de aviação passaram a desenvolver e testar os produtos e ferramentas das linhas de produção em software de simulação antes de partir para as etapas de prototipação e testes reais. Projetar um novo formato de chassi de um veículo era realizado nos simuladores, por exemplo; os dados eram coletados e analisados, em diversos ciclos – tudo isso, antes de produzir um protótipo físico do chassi.