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As oportunidades do mercado de carbono

À espera do mercado regulado, as empresas podem iniciar sua curva de aprendizado

Lúcia Helena Camargo
30 de julho de 2024
As oportunidades do mercado de carbono
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Projeta-se que a participação do Brasil no mercado global de créditos de carbono possa chegar a US$ 120 bilhões. Já temos até segmentos: firmou-se a criação de cotas e a alocação dos créditos de carbono disponíveis para comercialização no Amazonas, com origem na floresta em pé – serão mais de 809,6 milhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2e) à venda na região – e o Rio de Janeiro fez parceria com a Nasdaq para a criação de uma bolsa de valores para compra e venda de créditos de carbono. E entramos em 2023 com um mercado secundário voluntário de carbono oficializado. As notícias são boas. O que falta?

Falta o mercado regulado, em que o governo define métricas para estabelecer a precificação. O processo de regulamentação até já foi iniciado, em maio de 2022, com o decreto presidencial 11.075, apoiado na Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC, a lei número 12.187/2009). Criou-se, inclusive, o Sistema Nacional de Redução de Emissões (Sinare), plataforma digital que visa reunir todos os registros nacionais sobre emissões, remoções, reduções e compensações de gases de efeito estufa (GEEs) e o comércio de créditos e certificados das transações. Mas a estimativa de veteranos desse mercado, como o investidor em cleantechs Carlos de Mathias Martins, é que demorem ainda dois anos para esse mercado estar funcionando no Brasil. Importante: como o mecanismo de captação e venda de créditos de carbono pressupõe uma compensação às comunidades dos locais em que os créditos são originados, com destinação de percentuais que variam em torno de 1% a 10% do dinheiro obtido, o mercado é de interesse geral.

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Lúcia Helena Camargo
Lúcia Helena da Camargo é jornalista especializada em meio ambiente e sustentabilidade.

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