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Case Lego: três novos insights sobre inovação aberta

A companhia dinamarquesa já é um caso famoso de open innovation bem-sucedida, mas continua a render aprendizados; confira as descobertas de uma pesquisa acerca da participação das comunidades de clientes nas operações de desenvolvimento de produtos

Michela Beretta, Linus Dahlander, Lars Frederiksen e Arne Thomas
30 de julho de 2024
Case Lego: três novos insights sobre inovação aberta
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Se nos últimos anos a Lego vem reinando absoluta como a empresa de brinquedos mais valiosa do mundo, no começo do século a situação era bem diferente. Em 2003, a companhia anunciou prejuízo de US$ 238 milhões e estava à beira da falência. As apostas em outros empreendimentos, como roupas, parques de diversão, videogames e até joias, estavam afastando-a de seu produto principal, os tijolinhos de montar, brinquedo que já foi eleito o mais influente de todos os tempos.

Em 2008, após anos de relutância, a Lego resolveu dar atenção a um público negligenciado: os fãs adultos. Lançou a Lego Ideas, plataforma feita para que qualquer pessoa crie e compartilhe seu conjunto Lego. A empresa selecionaria alguns para fabricar e vender em larga escala, e os sortudos autores receberiam 1% da receita. Projetos populares, mas que acabam não sendo escolhidos para chegar às lojas, têm uma segunda chance por meio de um programa de financiamento coletivo no BrickLink, canal liderado pelo consumidor que a Lego adquiriu em 2019. A Lego Ideas evoluiu para uma comunidade de 2,8 milhões de clientes, que produziram 135 mil ideias para conjuntos e geraram receitas significativas para a empresa dinamarquesa.

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Michela Beretta, Linus Dahlander, Lars Frederiksen e Arne Thomas
Michela Beretta é professora da Aarhus University, da Dinamarca. Linus Dahlander é professor da ESMT Berlin (Alemanha). Lars Frederiksen também é professor da Aarhus University. Arne Thomas é professor da Amsterdam Business School, dos Países Baixos.

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