Os colaboradores externos já chegam a ser de 30% a 50% do número total de profissionais que trabalham para uma empresa. Pesquisa mostra que é necessário reconhecer a emergência de um ecossistema de força de trabalho e adaptar as práticas de gestão, tecnologia, integração e liderança para ter sucesso. Várias áreas respondem por isso
A multinacional europeia de bens de consumo Unilever possui mais de 400 marcas que abrangem de alimentos a bebidas, de vitaminas a produtos de beleza, de utensílios domésticos a artigos de limpeza. A organização de quase um século emprega mais de 150 mil pessoas em todo o mundo, mas Jeroen Wels, então vice-presidente executivo de recursos humanos, estimou, em 2022, que o núcleo externo da força de trabalho da Unilever – pessoas jurídicas e físicas terceirizadas– chegava a cerca de 3 milhões.
Wels – que deixou a empresa em maio de 2022 – contou que demorou para ele se dar conta de que os cargos de RH da Unilever precisavam ter responsabilidade tanto pelo núcleo interno como pelo externo. “A maioria das empresas sabe muito bem como gerir sua força de trabalho interna”, continuou Wels, mas ele estava pensando em como aplicar esse conhecimento à vasta gama de colaboradores externos da empresa. Em suas palavras, “o modo de ter fluidez nos negócios passa por entender onde as pessoas se sentam e como elas trabalham com você”.
“Tornou-se ainda mais importante saber sobre a força de trabalho terceirizada e quais contribuições ela pode fazer”, disse ele. “Portanto, você também deseja digitalizar dados e insights sobre o pessoal externo e como administrar os pontos de atrito entre os núcleos interno e externo. Para mim, este é mais um santo graal para impulsionar a produtividade para o crescimento no futuro.”