Políticas flexíveis de folgas e férias encorajam os funcionários a fazer as tão necessárias pausas – mas aqueles que têm melhor desempenho podem ficar sobrecarregados
Estamos testemunhando uma nova tendência na gestão de pessoas: férias remuneradas ilimitadas ou forçadas. A corretora de valores inglesa FinnCap anunciou recentemente que vai exigir que seus funcionários tirem pelo menos quatro semanas de férias, após um ano difícil que exigiu que todos trabalhassem horas a mais. A startup de terapia online Spill pediu a todos os seus colaboradores que tirassem duas semanas de folga no Natal e, além disso, lançou a proposta de oferecer dias de folga para que os gestores possam reforçar comportamentos positivos, para descansar ou para evitar o burnout. A consultoria Deloitte também segue essa linha, e esse tipo de política deve se tornar parte de sua marca e de outras empresas do segmento, demonstrando uma mudança extrema para o trabalho flexível.
As folgas remuneradas ilimitadas (PTO, na sigla em inglês) consistem em dar aos funcionários liberdade para escolher a quantidade de tempo dedicada ao descanso em um ano de trabalho, assim como a época de usufruir dele, desde que em coordenação com os colegas. No entanto, é fundamental que essas organizações possam confiar que suas equipes realizem o trabalho e atinjam suas metas, mesmo nesse ambiente de hiperflexibilização. Já as férias obrigatórias surgem do fato de que alguns funcionários tiram muito pouco tempo para aliviar a pressão que enfrentam – nesse caso, as empresas precisam ordenar que eles tirem uma pausa.