A execução dos 17 ODS da ONU não está condicionada somente aos governos e países; cada pessoa tem capacidade de gerar e sustentar impacto socioeconômico, de saúde e bem-estar, por meio de uma consiciência mais ampla
“Você acredita que os 17 Objetivos Desenvolvimento Sustentável (ODS) possam ser alcançado até 2030? Aliás, você sabe quais são os 17 ODS? Bom, vamos assumir que esses objetivos estabelecidos pela ONU são de conhecimento de todos, caso tenha alguma dúvida, aqui vai o link para você conhecer mais desse assunto.
Além disso, o que precisaria ocorrer para que essas metas possam ser alcançadas, a fim de não ter, em 2030, uma reedição de data? Como vocês sabem, os ODS são uma atualização da primeira tentativa da ONU chamada de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, para terem sido alcançados em 2015; eis a lista:
1.Erradicar a pobreza extrema e a fome.
2.Promover educação básica universal.
3.Promover igualdade de gênero e empoderar as mulheres.
4.Reduzir a mortalidade infantil.
5.Melhorar a saúde materna.
6.Combater HIV/AIDS, a malária e outras doenças.
7.Garantir sustentabilidade ambiental.
8.Parceria global pelo desenvolvimento.
Os ODS são uma continuidade dessa agenda. Aprendemos muita coisa no caminho e seguimos aprendendo. No entanto, essa agenda tem continuidade porque a anterior não foi alcançada. Contudo, outra coisa importante é que quando aprendemos, expandimos nossa consciência, e os indicadores do passado, às vezes, não atendem as necessidades do presente.
Nos últimos dois anos, tivemos um fato novo: a pandemia nos fechou em nossas casas, limitou nosso deslocamento e, cada vez que começávamos a circular novamente, parece que a pandemia reage dizendo que não era a hora de relaxarmos. O que aprendemos desses últimos 22 anos e mais importante, nesses últimos dois anos de covid-19? Conseguimos refletir sobre a forma que estamos vivendo, consumindo e voando em piloto automático pela vida? Essa pergunta toca no ponto da consciência.
Sem consciência qualquer meta, avanço ou plano parece uma mera ideia de pouco engajamento. Sem consciência seguiremos avanços lentos, grandes frustrações, gerando desconfiança e desastres ambientais com mais frequência.
Vivemos em um ambiente de constante competição contra o outro, ao invés de trabalharmos para sermos melhores que fomos ontem. A competição com o externo é destrutiva, gera perda de valor enquanto a competição contra si mesmo (ser melhor hoje do que eu fui ontem) é construtiva: gera valor em múltiplas dimensões, e quem sabe até mesmo nas 17 dimensões sugeridas pelos ODS da ONU. Além disso, a falta de um propósito coletivo traz uma grande perda para todos.
Olhamos para organizações com (1) propósito evolutivo, (2) liderança que cuida, (3) reconhecimento sobre a interdependência e (4) cultura responsável. Neste sentido, temos exemplos fortes de organizações em autogestão, como promove o livro Reinventando Organizações de Frederic Laloux. Essas quatro ideias são o que chamamos de fundamentos de um capitalismo mais consciente.
Porque não conseguimos replicar o sucesso de organizações conscientes, exemplificadas nos livros Capitalismo consciente: guia prático escrito por mim em parceria com Raj Sisodia e Timothy Henry, ou na obra de Frederic Laloux?
Precisamos aumentar o nível de consciência para acelerar a mudança. A ONU já lançou diversas ferramentas para alcançar esses objetivos, e “inconscientemente” está trabalhando na ideia de mudar o nível de consciência das pessoas para criar maior engajamento para iniciativas de transformação do mundo para melhor. Veja o exemplo do Guia dos preguiçosos para mudar o mundo, infelizmente ainda não disponível em português.
Fica claro que nenhuma mudança pode acontecer sem o envolvimento e a consciência de cada um de nós. Muitos ainda acham que essa “coisa” de ODS são de responsabilidade dos governos e das empresas. No entanto, as pessoas que pensam isso estão enganadas.
A ONU também lançou outra iniciativa que se chama The Good Life Goals (Objetivos da Boa Vida), que nada mais é que a tradução dos ODS em ações que cada indivíduo pode tomar no seu dia a dia para avançar os ODS no seu círculo de relacionamento e consumo.
Enquanto não reconhecermos que a mudança somente acontece com maior e melhor nível de consciência, e que a consciência somente muda quando aprendemos algo novo, pouco vai mudar. A Editora Voo, por exemplo, sempre compartilha seu propósito: “livros transformam pessoas e pessoas transformam o mundo”. Não mudamos a consciência sem educação, e livros são uma parte importante desse processo.
O que está faltando? A ONU começou a trabalhar nessa dimensão, mas de forma inconsciente. Está faltando nessa equação o ODS zero, que seria a consciência.
Compartilhar com as crianças nas escolas e com funcionários nas empresas que os ODS podem ser vividos por cada um de nós, por meio dos Good Life foals, é uma forma de tirar essas metas do nível de “compliance”, e levar isso ao dia a dia de cada um de nós.
Vale lembrar que é preciso celebrar e compartilhar o que fazemos nas nossas pequenas contribuições. A transformação pode ser exponencial quando cada um começa a participar e compartilhar suas contribuições.
Desse modo, precisamos de exemplos de ações, celebrar esses pequenos sucessos e acelerar o aprendizado do que cada um pode fazer. Acelerar a mudança do nível de consciência de todos para um mundo acolha a humanidade de maneira mais pacífica.
Convido você a conhecer as duas ferramentas que a ONU criou, compartilhá-las com amigos e família, viver essas pequenas ações e compartilhá-las nas suas redes sociais. Vamos reforçar o ODS zero, a consciência, e acelerar a mudança para um mundo melhor e mais consciente.
Se você quiser acelerar a mudança no seu negócio, peça já o seu ativador de negócios conscientes.
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